Com o intuito de aproximar o público brasileiro da diversidade e riqueza do cinema europeu contemporâneo, o 1º Festival de Cinema Europeu Imovision, que acontecerá de 24 a 30 de abril de 2025 em diversas cidades brasileiras, terá sessões especiais com debates e a presença de alguns dos realizadores, em Niterói, São Paulo, Brasília e Salvador.
Entre os convidados confirmados estão o alemão Tom Tykwer, diretor de “A Luz”; os franceses Audrey Diwan, diretora de “Emmanuelle”; Frédéric Farrucci, diretor de “O Último Moicano”; e Morgan Simon, diretor de “Entre Nós, O Amor”; o cineasta Alexandros Avranas e a atriz Eleni Roussinou, da Grécia, representando “Síndrome da Apatia’; e o suíço Georges Gachot, diretor de “Misty – A História de Erroll Garner”. A delegação também estará presente nas duas noites de abertura do festival, em Niterói, no dia 23 de abril, e em São Paulo, no dia 25.
Audrey Diwan, diretora de “‘Emmanuelle”
Cineasta e roteirista francesa consagrada com o Leão de Ouro no Festival de Veneza por “O Acontecimento” (2021). Além de sua trajetória como diretora, Diwan é roteirista de produções de sucesso como “La French” (2014) e “Aderir” (2019). Sua habilidade em abordar temas complexos com profundidade e precisão narrativa faz dela não apenas um nome promissor, mas uma voz essencial do cinema contemporâneo.
Alexandros Avranas & Eleni Roussinou, diretor e atriz de “Síndrome da Apatia”
Alexandros Avranas é um cineasta grego reconhecido por sua abordagem ousada e profunda no cinema contemporâneo. Ganhou destaque internacional com “Miss Violence” (2013), obra que rendeu a ele o Leão de Prata de Melhor Diretor no Festival de Veneza. Sua narrativa crua e provocativa chamou a atenção da crítica, consolidando-o como um dos principais nomes da atual safra de diretores europeus e uma das vozes mais influentes do cinema grego.
Eleni Roussinou é uma das grandes atrizes do cinema grego contemporâneo, conhecida por sua presença hipnotizante e atuações intensas. Ela teve papéis marcantes em “Dogtooth” (2009), de Yorgos Lanthimos, e “Miss Violence” (2013), de Alexandros Avranas, dois filmes essenciais da “Nova Onda Grega”, um movimento cinematográfico que conquistou o mundo com seu tom provocador e narrativas impactantes. Por sua atuação em “Silent” (2015), de Yorgos Gkikapeppas, Roussinou recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival Internacional de Cinema de Thessaloniki.
Tom Tykwer, diretor de “A Luz”
Tom Tykwer é reconhecido por seu estilo visual e narrativo inovador. Ganhou fama internacional com “Corra, Lola, Corra” (1998), destacando-se por sua narrativa dinâmica. Tykwer dirigiu outros filmes notáveis como “Perfume: A História de um Assassino” e codirigiu “A Viagem” com as irmãs Wachowski. Além do cinema, ele é co-criador da aclamada série “Babylon Berlin” e um dos diretores da série “Sense8”.
Frédéric Farrucci , diretor de “O Último Moicano”
Frédéric Farrucci é um diretor francês, conhecido por seu estilo que reflete uma abordagem intimista, com complexidades humanas e profundidade. Farrucci tem se destacado por sua capacidade de criar obras envolventes, com forte carga emocional e estética cuidadosamente pensada. Seu último filme, “O Último Moicano”, foi selecionado para o Festival de Veneza e consolidou Farrucci como uma voz promissora do cinema europeu.
Morgan Simon, diretor de “Entre Nós, o Amor”
Morgan Simon ganhou reconhecimento no cenário cinematográfico com seu filme de estreia, “Compte tes blessures” (A Taste of Ink), que foi exibido em diversos festivais de cinema internacionais. Simon é conhecido por explorar temas de identidade e relações familiares em suas obras, trazendo uma abordagem sensível e introspectiva.
Formado na prestigiosa escola de cinema La Fémis, ele tem se destacado como uma voz promissora do cinema francês contemporâneo. Além de seu trabalho em longas-metragens, Simon tem contribuído para curtas e projetos colaborativos, ampliando seu impacto no setor audiovisual.
Georges Gachot, diretor de “Misty – A História de Erroll Garner”
Georges Gachot é um diretor suíço reconhecido pelos documentários que celebram a música como elo cultural entre diferentes povos. Em sua filmografia, destacam-se produções sobre grandes nomes da canção brasileira, como “Maria Bethânia: Música é Perfume” (2005), “Rio Sonata” (2010), voltado à trajetória de Nana Caymmi, “O Samba” (2014), que retrata a vida de Martinho da Vila, e “Onde Está Você, João Gilberto?”.
Gachot também abordou outros gêneros musicais em documentários dedicados à música clássica, refletindo a versatilidade que marca seu trabalho. Premiado em diversos festivais internacionais, ele segue promovendo diálogos interculturais por meio de filmes que convidam o público a vivenciar a riqueza musical de cada história retratada.
SELEÇÃO
Vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim em fevereiro de 2025, “Dreams”, do norueguês Dag Johan Haugerud, é um drama sobre amadurecimento e descobertas sexuais que faz parte da premiada trilogia “Sex, Love & Dreams”.
Filme de abertura do Festival de San Sebastián 2024, “Emanuelle”, dirigido pela francesa Audrey Diwan, é uma releitura do clássico erótico de 1974 e traz um elenco de peso, que inclui Noémie Merlant, Naomi Watts, Will Sharpe e Jamie Campbell Bower. Em 2021, Diwan foi premiada com o Leão de Ouro no Festival de Veneza por “O Acontecimento”.
Conhecido por títulos de sucesso como “Corra, Lola, Corra” e “Perfume: A História de um Assassino”, o alemão Tom Tykwer apresenta “A Luz”, que terá sua segunda exibição mundial no Festival de Cinema Europeu Imovision, após sua estreia no Festival de Berlim 2025.
Representando a Grécia, “Síndrome da Apatia”, vencedor do Prêmio Interfilm no Festival de Veneza 2024 (dado a obras que promovem o diálogo inter-religioso), é dirigido por Alexandros Avranas, cineasta premiado por “Miss Violence”.
O cinema italiano marca presença no festival com “Ópera! – Canção para um Eclipse”, uma versão moderna do mito de Orfeu e Eurídice com figurino assinado por Dolce & Gabbana e participações de Rossy de Palma e Vincent Cassel no elenco. Outro representante da Itália é “Em Qualquer Lugar, A Qualquer Hora”, drama social de Milad Tangshir selecionado para o Festival de Veneza 2024, que homenageia o clássico “Ladrões de Bicicleta”, de Vittorio De Sica.
Em tributo ao icônico Charles Aznavour, “Monsieur Aznavour” é um drama biográfico dirigido por Mehdi Idir e Grand Corps Malade, com Tahar Rahim no papel principal. Também da França, “Entre Nós, o Amor”, dirigido por Morgan Simon, é um drama familiar estrelado por Valeria Bruni-Tedeschi e Félix Lefebvre.
Outro drama francês que integra a seleção do Festival de Cinema Europeu Imovision é “Brincando com Fogo”, dirigido pelas irmãs Delphine e Muriel Coulin e estrelado por Vincent Lindon, que venceu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Veneza 2024 com este trabalho.
A Suíça está representada no festival com “Misty – A História de Erroll Garner”, uma cinebiografia sobre a lenda do jazz, dirigida por Georges Gachot. Já a Alemanha traz “A Arte do Caos”, suspense noir de Thomas Arslan, selecionado para a Mostra Panorama no Festival de Berlim.
Selecionado para o Festival de Toronto 2024, o ucraniano “Você é o Universo”, de Pavlo Ostrikov, aborda uma história de amor ambientada no fim da humanidade. O cinema islandês marca presença no evento com “Quando a Luz Arrebenta”, de Rúnar Rúnarsson, um drama sobre luto que foi aclamado no Festival de Cannes 2024.
Encerrando a lista, vem “O Último Moicano”, de Frédéric Farrucci, um thriller sobre resistência estrelado por Alexis Manenti e selecionado para o Festival de Veneza 2024.
O evento conta com patrocínio da Prefeitura de Niterói, por meio da NELTUR – Niterói Empresa de Lazer e Turismo e com apoio da Unifrance, Reserva Cultural, ETC Filmes, Palavra! e parceria de mídia com Omelete, UOL, Ingresso.com, Bravo! e Adoro Cinema.
da Redação A Toupeira
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