Crítica: “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”

HP6_DG_L04O Início do Fim

Uma das franquias de maior sucesso nos cinemas tem data para acabar: 2011. Mas o adeus começa a tomar forma com a estreia de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” (Harry Potter and the Half – Blood Prince).

Nitidamente produzido para os fãs da série, o filme não traz grandes explicações. Tudo o que precisava já foi dito e agora é hora de acompanhar o desenrolar final da intrincada trama escrita por J. K. Rowling.

David Yates (de “A Ordem da Fênix”), volta à direção e encontra o equilíbrio necessário para esse importante momento de transição na estória.

Quem leu o livro sentirá falta de vários detalhes importantes – apesar das 2h30 de duração do filme – mas o que foi apresentado está bem condensado e as brechas tornam-se “perdoáveis” dentro deste contexto cinematográfico (sei que alguns fãs mais radicais discordarão, mas ao que se propõe, a produção é competente).

Voldemort (que não aparece em nenhuma cena – a não ser em lembranças, ainda como Tom Riddle) tem um novo plano e convoca o jovem Draco Malfoy para executá-lo. Mas antes que o inevitável aconteça, algo maior deve ser descoberto para que finalmente o Lorde das Trevas seja derrotado.

HarryRonny e Hermione enfrentam, além das complicações usuais, a complicada fase da adolescência, quando tudo ganha ares monumentais e um namorinho de corredor de escola pode se tornar motivo de lágrimas e livradas na cabeça. E são esses momentos – principalmente os que envolvem Ronny e sua nova conquista, Lilá Brown, que servem de válvula de escape e provocam risadas no público.

Peça chave neste momento, o Professor de Poções Horácio Slughorn guarda a informação que serve de gancho para a última parte da saga (que será dividida em dois filmes, devido à complexidade do livro na qual é baseada, “Harry Potter e as Relíquias da Morte” – e talvez para adiar a despedida do bruxo mais famoso do mundo das telonas).

Destaque para a grandiosidade da produção, não só por sua duração, mas pelo cuidado em cada detalhe, cenários impecáveis e efeitos convincentes.

Além das salas convencionais, o filme entra em cartaz também em IMAX, onde conta com a tecnologia 3D em sua sequência inicial.

Imperdível.

por Angela Debellis

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