Crítica: “A Qualquer Custo”

“A Qualquer Custo” (Hell Or High Water) vai fazer você se deslocar para o Texas em um estalar de dedos. O filme tem um ar leve apesar de o tempo todo tratar de questões econômicas, políticas e pessoais. Seus personagens principais são dois irmãos, com personalidades totalmente diferentes, eles cresceram no meio de muita pobreza e cada um aprendeu a sobreviver de uma forma.

Tanner Howard (Ben Foster) é o mais velho possui dentro de si o desejo de ser um salvador a qualquer custo, fato que desde criança o acompanhava e o fazia tomar decisões difíceis a sangue frio, deixando totalmente de lado os seus sentimentos. O enredo inicia quando ele finalmente retoma a liberdade após pagar dez anos de pena por assaltos a bancos.

Já Toby Howard (Chris Pine) tem uma personalidade mais emotiva, passou a vida ao lado da mãe, teve dois filhos e um mau relacionamento. Vivia nas terras áridas de sua família e aceitava o fato de elas serem o único bem familiar. Até que eles descobrem que estão a ponto de perder as terras e a única saída é pagar a hipoteca altíssima, que a mãe deles haviam adquirido.

A solução seria roubar o próprio banco que afundou a mãe deles em juros e que praticamente a matou de preocupação, uma tarefa desafiadora daquelas que quando se é tomada não possui retorno.

E ao se falar de assalto a bacos necessariamente, neste enredo, é preciso destacar a dupla de policiais Marcus Hamilton (Jeff Bridges) prestes a se aposentar e seu parceiro Alberto Parker (Gil Birmingham). Marcus é um típico texano fala grosso com boca de lado, tem uma personalidade forte e luta com o fato de ter que passar o resto dos seus dias aposentado numa cadeira na varanda.

Já Alberto é um texano de raízes indígenas e está ao lado do seu parceiro em todos os momentos, mesmo sofrendo por diversas vezes piadas racistas. Os dois possuem uma liga incrível e estão totalmente entrosados.

Para quem leu até aqui e acha que o filme é um teste de paciência sem muita emoção esta enganado, pois nas primeiras cenas já temos muita correria e tensão. O diretor David Mackenzie acertou em trazer um enredo clássico de assaltos a bancos e tiros com personagens e temas profundos.

Vale a pena ir ao cinema e aproveitar uma boa história de fraternidade e reviravoltas.

por Ingrid Gois – Especial para A Toupeira

Filed in: Cinema

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