“Caminhando com Dinossauros” (Walking with Dinosaurs) chega aos cinemas tendo como base uma série homônima exibida na TV em 1999, pelo canal BBC.
A trama começa em dias atuais – em uma sequência simplesmente desnecessária – com um paleontólogo tentando convencer seus dois sobrinhos, de que a busca por fósseis pode ser uma coisa de fato especial.
Mas, enquanto a garota parece animada com a ideia, o menino mostra-se pouco inclinado e não os acompanha na empreitada. É quando entra em cena Alex, um pássaro muito interessante, que faz as vezes de narrador da história.
É ele quem nos conduz ao mundo, sob a perspectiva de cerca de 70 milhões de anos atrás, quando os dinossauros reinavam soberanos no planeta. O protagonista da aventura é justamente um deles, o pequeno filhote de paquinossauro Patchi, que tem uma sede de conhecimento inversamente proporcional a seu diminuto tamanho.
Desde muito jovem, ele tem que enfrentar os perigos naturais personificados pelos predadores carnívoros que atacam seu bando, mas também se vê diante das frustrações da vida, que o fazem ficar órfão de pai e longe da maior parte de sua família, restando apenas seu irmão mais velho, Rocky, e uma nova e inesperada amizade/paixão pela adorável fêmea Juni.
O diferencial da produção se dá pelo fato de, apesar de contar com uma história bastante simples, mostrá-la de maneira bem peculiar. Mescladas ao transcorrer da trama, surgem na tela explicações didáticas sobre cada espécie de dinossauro. Apesar das informações científicas, fica clara a intenção de divertir o público, inclusive nesses momentos, em que o destaque fica para a “ficha técnica” do Tiranossauro Rex, que mesmo depois de tantos milhões de anos, ainda sofre bullying por causa do desenvolvimento pouco satisfatório de seus braços.
E o destaque positivo fica para a eficiência do 3D, que presenteia o público com personagens repletos de detalhes e cenários de encher os olhos.
Vale conferir.
por Angela Debellis
[nggallery id=36]