Boa parte dos integrantes de nosso grupo de escapers – Equipe Divertidos – cresceu na década de 1980, o que significa que é quase obrigatório ter assistido a algum episódio da série de sucesso MacGyver (que no Brasil ganhou o título de Profissão: Perigo), que à época era estrelada pelo ator Richard Dean Anderson.
Como boas ideias não envelhecem, o personagem está de volta à telinhas, com aventuras passadas em dias atuais e interpretado por Lucas Till. O que se manteve: sua incrível (para não dizer surreal) habilidade em escapar de qualquer situação de risco através das criações mais triviais, o que acabou se tornando uma espécie de marca registrada e uma piada interna entre os fãs que sempre se lembram das mil utilidades que um mero clipe de papel pode ter.
A segunda temporada da série, exibida no Brasil pelo Universal Channel, estreou em 12 de abril e para celebrar o fato foi criada uma sala temática no Escape 60 (unidade Vila Olímpia em São Paulo e Copacabana no Rio de Janeiro), que coloca os jogadores em um cenário que simula um bunker, dentro do qual há duas bombas prontas para explodir em 60 minutos – tempo limite para a resolução de todos os enigmas do local.
Para quem conhece as tramas da TV, é um deleite. Vários detalhes remetem a situações semelhantes já vividas pelo personagem, o que significa que, para ter êxito na fuga, será necessário colocar seu lado “rei da gambiarra” para funcionar – além do bom e velho amigo cérebro, é claro.
Para quem não acompanha as aventuras (corre para assistir!), dá para se divertir também, uma vez que os desafios são bastante lógicos e coerentes. Apesar de nenhum exigir esforço físico – como é padrão em jogos em fuga – vale ressaltar que alguns precisam ser resolvidos por alguém que tenha mais habilidade manual no grupo (ou que pelo menos consiga manter-se mais calmo diante do cronômetro que insiste em lembrar que o tempo continua correndo mesmo que o grupo tenha travado em algum ponto da partida).
Durante todo o tempo que passamos no jogo, fomos orientados pelo monitor Bruno, que já nos recepcionou de maneira a deixar o grupo o mais à vontade possível diante de uma sala que, até o momento, tem um índice de saída de 12%. Pela primeira vez desde que começamos a participar dessa atividade, não houve necessidade de solicitarmos dicas, o próprio monitor interage em momentos crucias para ajudar na medida do possível, sempre com pistas relevantes e que acabam por direcionar os participantes para o caminho correto em busca da resolução.
Apesar de parecer simples, a temática da sala é uma das mais elaboradas que já vi até o momento. São muitas coisas que à primeira vista não fazem sentido, mas que quando descobertas suas funções podem ser o diferencial entre sair ou não a tempo. Fica a dica para que cada cantinho, cada objeto, seja olhado com atenção, pois, no nosso caso, acredito que faltou um pouco de senso observador – o que acabou nos fazendo explodir dentro do bunker, bem diante da bomba que não conseguimos desarmar.
Imperdível.
Para mais informações e reservas: www.escape60.com.br.
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por Angela Debellis