Resenha: “Melodia Mortal”

No sempre (e cada vez mais) crescente Universo Literário, é sempre uma conquista manter-se em posição firme por mais do que uma publicação, que dirá por obras que atravessam gerações. É com essa responsabilidade que o autor Pedro Bandeira se junta ao médico Guido Carlos Levi para apresentar seu novo trabalho.

Em “Melodia Mortal”, como visto já em sua capa, temos a colaboração sempre bem-vinda de Dr. John Watson, que além de parceiro de trabalho, também foi narrador dos famosos casos do maior detetive de todos os tempos, Sherlock Holmes. As maiores criações do genial autor Sir Arthur Conan Doyle são peças fundamentais nesta inédita e surpreendente narrativa.

O livro é dividido em seis contos distintos, tendo como ponto em comum o fato da investigação girar em torno das causas que levaram grandes nomes da música clássica mundial – como Mozart, Beethoven – a óbito. Com base nas conclusões de Sherlock e Watson, cada capítulo faz um salto no tempo e chega aos dias atuais, quando conhecemos a Confraria dos Médicos “Sherlockianos” de Londres, que se reúne mensalmente a fim de debater sobre cada caso específico, pondo em xeque os resultados atingidos pelo detetive: seriam os mesmos se este tivesse acesso aos avanços da medicina?

Fora a qualidade do texto, o que mais me chamou a atenção foram as páginas – ao final de cada conto – contendo informações sobre os compositores. Além de uma pequenina ficha técnica, com um eficaz resumo de sua carreira, ainda há uma sugestão de música de sua autoria para se ouvir, o que pode servir não só para ampliar conhecimentos musicais, como para aumentar a imersão do leitor em cada capítulo específico. Genial.

“Melodia Mortal” é repleto de pequenas qualidades: a união de Sherlock Holmes ao cenário musical de compositores que escreveram a história da música clássica mundial; o tamanho compacto, excelente para realizar aquelas leituras tão pessoais (e necessárias) em transportes públicos; a excelência em apresentar uma pesquisa que, apesar de aprofundada, segue interessante e é um ótimo acréscimo a quem tiver pretensão de saber mais sobre o trabalho que envolve famosas composições.

Destaque ainda para as “críticas” apresentadas na quarta-capa da publicação, que incluem grandes personagens da literatura de mistério como Heracle Parrot e August Dupin, além de ícones eternos da música como Richard Wagner.

Com a carreira consolidada no campo infanto-juvenil, essa foi a primeira incursão de Pedro Bandeira no gênero de ficção para adultos. E eu, como leitora e admiradora há décadas de sua extensa obra, já torço para que novos títulos virem realidade no futuro.

por Angela Debellis

Filed in: Livros

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