Crítica: “Muppets 2- Procurados e Amados”

Muppets Procurados e Amados pôsterUma das coisas mais sensatas que se pode fazer seja em um filme, ou mesmo na vida real, é ter a capacidade de rir de si mesmo. E isso “Muppets 2 – Procurados e Amados” (Muppets Most Wanted) faz de maneira muito eficiente.

Desde as primeiras cenas, embaladas por uma música que enaltece a possibilidade que a franquia tem de voltar aos cinemas nesta sequência, até o fato de um dos vilões do filme ter o sobrenome Badguy (“cara mau” em tradução literal), os fantoches parecem ter o equilíbrio entre a comédia fácil e a que pode ser considerada simples, mas inteligente.

Kermit e companhia estão de volta à ação numa trama que se inicia justamente no momento em que a o longa de 2011 termina. Depois do sucesso de seu retorno aos palcos, resta ao animado grupo encontrar um novo e promissor caminho para trilhar. É aí que entra o suspeito agente de talentos Dominic Badguy (Ricky Gervais), com uma proposta irrecusável: uma turnê por vários países da Europa. Mas é claro que as coisas não podem ser tão perfeitas assim.

O personagem na verdade é comparsa de Constantine, “o sapo mais perigoso do mundo”, e peça chave para que a fuga do anfíbio de uma prisão na Sibéria tenha êxito. Para isso, uma providencial semelhança física entre o vilão e o líder dos Muppets será o ponto de partida para a execução de um ardiloso plano.

Como já é usual aos filmes das criações de Jim Henson, os musicais dão o tom às cenas mais interessantes, com direito a um solo da sempre encantadora Miss Piggy, que se questiona sobre finalmente casar e construir uma história ao lado de seu eterno amado Kermit. Destaque para as cenas em que ela se imagina com os filhotes do casal.

As participações especiais acontecem em momentos pontuais, sendo algumas muito rápidas (como a de Lady Gaga) e outras que rendem ótimas cenas, como a de Christoph Waltz. A comediante Tina Fey e Ty Burrell fecham o elenco de atores com chave de ouro e se mostram extremamente à vontade durante os diálogos com os bonecos.

Divertido e com a garantia quase certa de sair da sala cantarolando ao menos uma das canções “chiclete” tocadas durante a exibição, o longa é uma ótima pedida para o público de todas as idades.

por Angela Debellis

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