Com estreia prevista para a próxima quinta-feira, 29 de abril nos cinemas brasileiros, a comédia “O Auto da Boa Mentira” teve sua Coletiva de Imprensa Virtual realizada na tarde de hoje. Participaram do evento on line o diretor José Eduardo Belmonte, a produtora da Cine Group Luciana Pires e os atores Leandro Hassum, Rogério Góes, Luís Miranda e Jackson Antunes.
De maneira bastante descontraída, todos pareceram satisfeita com o trabalho que é baseado nas palestras do saudoso poeta paraibano Ariano Suassuana, falecido em 2014, que tinha muita convicção ao falar sobre sua admiração pelos que dominam a arte da mentira.
Assim como confessaram sua ansiedade pelo retorno do funcionamento dos cinemas – com todas as medidas de segurança necessárias – com a intenção de levar uma produção que possa fazer o público desanuviar um pouco diante do panorama pouco favorável que vivemos devido à pandemia global de Covid-19 que segue em previsão de término.
José Eduardo Belmonte falou um pouco sobre sua diversificada filmografia e afirmou que sempre procurou por coisas novas e interessantes. Quando foi convidado para o projeto de “O Auto da Boa Mentira” aceitou prontamente sob a possibilidade de fazer comédia, que considera um gênero instigante para ser fazer.
Luciana Pires contou sobre o desafio de unir um elenco para realizar um trabalho tão diferente, já que a produção é composta por quatro histórias completamente diferentes e independentes, que têm em comum apenas a mentira ao redor da qual cada trama se desenrola.
Quanto ao elenco, além da alegria em fazer parte da obra, cada um escolheu a história com q qual mais se identificou – dentre as expostas em tela – e acabou contando pequenas passagens de sua vida pessoal para ilustrar como a mentira é algo que faz parte do cotidiano de cada um – de maneira mais ou menos complexa. A saber: Hassum (que se declarou encantado com a trama passada no circo), Jackson e Luís escolheram as próprias tramas, embora tenham reverenciado a qualidade de todas. Já Renato optou pela história que tem como cenário uma agência de publicidade, cujo tema o fez lembrar-se de uma divertida ocasião em sua infância – quando a mentira, mais uma vez, entrou em cena.
Hassum contou passagens de sua carreira e momentos vividos ao lado de grandes nomes da comédia nacional, como os veteranos Chico Anysio e Francisco Milani e o quanto isso foi uma aula para a evolução de sua trajetória profissional.
Já Jackson Antunes exaltou a alegria em trabalhar com os membros do elenco, em especial com Renato Góes, seu companheiro de cena na história exibida no longa, que mostra Jackson como um palhaço de um circo quase falido, que pode ser pai de um jovem que vai procurá-lo trinta anos depois. Assim como falou sobre a diferença entre a mentira que prejudica e a que acaba trazendo algum benefício sem fazer mal a ninguém, além de também lembrar como foi trabalhar com Ariano Suassuana.
Renato Góes contou que “O Auto da Compadecida” – também baseado na obra do poeta – foi o longa responsável por sua vontade de ser ator. E agradeceu à equipe que o ajudou a compor as nuances de seu personagem, Fabiano, em “O Auto da Boa Mentira”, assim como fez questão de exaltar a imensidão da cultura do nordeste.
Luís Miranda seguiu falando que a obra de Suassuana abre uma janela para que tal cultura seja vista, mas que não é apenas isso, porque o nordeste é muito mais amplo do que aquilo que muitas vezes é mostrado. O ator também afirmou estar sempre em busca de um desafio, diante de inúmeras questões relacionadas à necessidade de se mostrar a diversidade, pauta cada vez mais importante e necessária em todos os âmbitos da sociedade.
Confira nossa Crítica Completa na data de estreia, 29 de abril.
Crédito das imagens: Divulgação.
por Angela Debellis