Crítica: “A Profissional”

Definir um roteiro como genérico, não significa, necessariamente, que ele seja ruim e não mereça ser prestigiado. Dirigido por Martin Campbell, “A Profissional” (The Protégé) se enquadra neste quesito em que, pode até não apresentar novidades incríveis, mas cumpre bem a função de entreter do início ao fim.

A narrativa escrita por Richard Wenk tem como protagonista Anna (Maggie Q), jovem que leva uma vida dupla em que se divide entre as opostas funções de gerenciar uma requintada livraria que comercializa edições raras e atuar como matadora de aluguel.

A personagem, que tem sua história prévia brevemente contada, foi criada para assumir o tal papel à parte da sociedade, desde muito jovem, pelo também assassino profissional, Moody (Samuel L. Jackson), que a resgatou –  ainda criança – da cidade vietnamita de Da Nang.

Com uma relação tão próxima quanto paternal, a dupla alterna situações familiares rotineiras – como a comemoração de um aniversário que conta com duas das melhores citações do longa – e eficazes cenas de ação (algumas, bastante explícitas).

Quando Moody é brutalmente assassinado, caberá à Anna buscar justiça por quem lhe deu a oportunidade de ter uma vida digna, assim como descobrir o que há por trás de seu último pedido: encontrar uma pessoa que há mais de duas décadas está desaparecida e qual pode ser sua ligação com o crime que levou seu protetor à morte. Mesmo que para fazer jus à sua lealdade, precise confrontar seu doloroso passado.

O surgimento de outro misterioso personagem, Rembrandt (Michael Keaton), servirá para inserir bons e novos elementos que farão o espectador se questionar sobre o que de fato o move – além de uma forte atração pela protagonista.

Reviravoltas acontecem – algumas bastante óbvias, outras que poderão surpreender os menos atentos -, enquanto o grande destaque da produção é mesmo a boa execução das sequências de luta, cujas coreografias parecem bem convincentes em tela, com Maggie Q arrasando.

Com 109 minutos de duração, “A Profissional” não se insinua como um projeto ambicioso além de suas limitações em nenhum momento, e talvez, por isso mesmo, consegue entregar com sucesso o que sua proposta (à primeira vista, mais “simples”) propõe.

por Angela Debellis

*Título assistido em Cabine de Imprensa Virtual promovida pela Imagem Filmes.

Filed in: Cinema

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