Com as animações ficando cada vez mais convincentes nas telonas, é uma alegria para, entusiastas da técnica de stop-motion como eu, ver uma produção como “Shaun, o Carneiro” (Shaun, the Sheep) chegar aos cinemas.
Com uma temática absolutamente simples (assim como sempre foi em seus desenhos exibidos na TV), a animação consegue prender a atenção dos espectadores sem fazer uso de diálogos (apenas alguns sons indecifráveis) e seus personagens continuam não tendo nomes conhecidos – a não ser, é claro, Shaun e Bitzer, o cão.
O enredo mostra uma vida calma, baseada na rotina da fazenda em que os personagens principais vivem. Tudo corre bem, até que Shaun decide tirar um dia de folga na “Cidade Grande”, o que se transforma numa confusão inesperada com a perda de memória do “Fazendeiro”.
A sequência inicial chega a ser encantadora. Ao som de “Feels like Summer” de Tim Wheeler, vemos o início da amizade entre o homem e os animais ainda filhotes (o “bebê” Bitzer é gracioso).
Quando todos os animais decidem ajudar na busca pelo fazendeiro é que começa a diversão. Preste atenção em como o bebezinho ovelha é disfarçado quando os adultos usam figurinos de humanos para poder transitar pela cidade sem serem capturados. E claro, aproveite mais uma versão da famosa travessia da Abbey Road, agora numa versão mais fofinha.
Mas, como nem tudo são flores, há um “vilão” na história: o funcionário do centro de Controle de Animais, onde Shaun vai parar e de onde terá que fugir para continuar sua aventura.
Destaque para uma linda coadjuvante: a cadelinha sem raça definida chamada Slip, que terá um papel bem importante (e comovente) no final das contas.
Simples e perfeito. Imperdível.
por Angela Debellis
