“Insanidade” (Tone-Deaf) não é aquele tipo de filme agradável a todos os públicos, mas caso você se permita adentrar ao enredo e se deixar levar, a sequência de cenas pode envolvê-lo de tal maneira, que você não vai querer perder nenhum segundo da obra.
Richard Bates Jr. assina o roteiro e a direção do longa que chega ao streaming nacional – distribuído pela A2 Filmes, ao qual, junto com a proposta de terror e suspense, acrescentou também um leve toque de humor, muito peculiar.
Robert Patrick entendeu a proposta e sua interpretação é, talvez, o ponto mais alto da obra. Ele interpreta Harvey, um vilão muito emblemático, que mistura psicopatia, loucura, carência e crueldade, para o qual apresenta traços de cada sentimento, de acordo com o que a cena exige.
Amanda Crew também deu tudo de si na interpretação da jovem Olive, e é em torno da personagem dela que a história se desenvolve.
Com uma vida familiar abalada, uma série de relacionamentos fracassados, atolada em dívidas e desempregada, Olive decide se afastar da tecnologia e urbanização, alugando um casarão fora da cidade pra passar o final de semana.
A casa em questão é de Harvey, homem sem propósito e cheio de emoções reprimidas, disposto a transformar o final de semana da jovem locatária num verdadeiro pesadelo. Porém, no meio do caos que se torna o final de semana, Olive acaba por se reconciliar com os medos do passado.
Analisando “Insanidade” por completo, ele traz uma mensagem muito tocante nas entrelinhas. A narrativa mostra que o medo nos faz criar novos tipos de sentimentos, bons ou ruins. Mas também nos ajuda a romper com velhos sentimentos enraizados, como ódio, rancor, desamor, a pressão causada pelo medo traz a tona a fragilidade da vida e a velocidade com a qual ela se desenvolve e finda.
por Leandro Conceição – especial para A Toupeira
*Título assistido em Cabine de Imprensa Virtual promovida pela A2 Filmes.
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