Quando gostamos muito de alguma coisa, é claro que sempre queremos mais. Mas ao pensarmos no peso da frase “quantidade não significa qualidade”, bate um leve medo do que a indústria do entretenimento pode fazer com algo que nos é caro.
Ao ser noticiado que “Arquivo X” teria uma nova temporada, confesso que tremi. De surpresa, alegria e medo. Porque ao longo das nove temporadas, tudo foi costurado de uma maneira tão singular, que mesmo sentindo falta das histórias, pensei que poderia ser uma grande furada dar continuidade a elas, depois de 14 anos.
Felizmente todo esse temor foi dissipado após assistir aos dois primeiros episódios da curtíssima 10ª temporada (que terá seis capítulos no total). É muito gratificante ver que o criador da série, Chris Carter e toda sua equipe fizeram um trabalho digno de aplausos dos fãs e de admiração por parte de quem só agora conhece a série.
David Duchovny e Gillian Anderson estão diferentes, afinal, mais de uma década se passou, mas bastam alguns minutos em cena, para que nos deixemos levar novamente pela combinação perfeita da dupla formada por Fox Mulder e Dana Scully.
Uma nova, atual – e inesperada – trama, os atores/personagens veteranos de volta, efeitos visuais dignos de grandes produções. Junte a isso, a abertura original da série e teremos algo a ser visto muitas vezes.
Há momentos para os mais diversos sentimentos. As sequências em que os protagonistas imaginam como teriam sido suas vidas ao lado do filho Willian são de levar às lágrimas. A visão da sala de Mulder no FBI tantos anos depois, com o icônico pôster da nave com a frase “I want to believe” também deve emocionar os fãs de longa data. E há a expectativa pelo próximo episódio, pelas respostas às inúmeras perguntas que agora povoam a imaginação do público.
Parabéns à Fox e a todos os envolvidos. A verdade continua lá fora, mas Arquivo X nunca saiu de nossas mentes e corações.
por Angela Debellis
