Livro serve para inspirar, ensinar, enxergar o mundo com novos olhos e fazer com que crianças e adolescentes, que estão passando por um tratamento de câncer, tenham uma manhã proveitosa e diferenciada. Esse é o objetivo de dois autores que levarão, agora em outubro, suas obras para os pacientes do ITACI – Instituto de Tratamento do Câncer Infantil.
Em 17/10, das 10h às 11h, o autor Bruno Gualano, que é professor do Centro de Medicina do Estilo de Vida da FMUSP, promove uma manhã de autógrafos, com um bate-papo animado sobre o seu livro Bel, A Experimentadora (Moah! Editora), com a distribuição de 500 cópias do livro para os pacientes.
“A Ciência é uma forma extraordinária de enxergar o mundo e uma ferramenta de formação de cidadãos críticos, mas também um patrimônio cultural da humanidade, como a literatura e a música. Por isso é fundamental garantir que a Ciência da academia chegue também às massas e, em especial, às crianças. Se cada uma delas, em cada cantinho deste país, tivesse a oportunidade de descobrir o poder transformador do pensamento científico, tenho a convicção de que teríamos uma sociedade mais crítica, saudável, próspera e equitativa. Com este projeto singelo de letramento científico, me sinto mais completo como cientista”, comenta o autor.
Já no dia 24/10, das 10h às 11h, é a vez do estudante João Paulo Guerra Barrera levar seu livro Aventuras no Espaço (Adventures in Space) para um momento de descontração e de muita diversão.
João, que vai distribuir 200 cópias da sua publicação, vai ter muito o que compartilhar com os pacientes, uma vez que teve a sua primeira obra publicada aos seis anos. É membro da Academia Internacional de literatura brasileira, embaixador da NASA Science Days Brasil e apoiador da Agenda ONU 2030, palestrando na ONU Infância e Juventude em NY.
“Quando comecei a escrever, fazia para motivar outras crianças. É uma coisa que me deixa muito feliz e sempre que posso, em meio aos meus estudos e atividades, eu procuro estar perto dessas crianças. Espero que os pacientes do ITACI gostem da minha visita, que eles se motivem a ler bastante, a escrever suas próprias histórias e possam se divertir, pois como eu sempre digo, não importa a idade, o que importa é a vontade de realizar os seus sonhos”, revela.
Para Suzana Dalessio, coordenadora de Desenvolvimento Institucional da Fundação Criança-ITACI, ações como essas são benéficas para os pacientes. “A doença já traz consequências físicas e psicológicas e quando tiramos o foco do ambiente hospitalar, ou seja, eles fazem contato com o autor, têm essa interação no bate-papo, são estimulados pelas páginas literárias com histórias divertidas e inspiradoras, acabam sendo motivados. E essa motivação acolhe, melhora a autoestima e pode contribuir com a aceitação dos processos de tratamento”, conclui.
da Redação A Toupeira