Crítica: “Como ser solteira”

Como ser solteira pôster oficialApesar das mulheres da atualidade serem independentes, auto-suficientes, empresárias, chefes de família, mães solteiras, ainda existe a ideia intrínseca de que todas devem casar e ter filhos. Afinal são mulheres e foram criadas por Deus para serem donas de casa e terem um marido e filhos.

Talvez seja por essa ideia fixa e primária que muitas simplesmente não conseguem ficar sozinhas e se sentirem plenas. “Como ser solteira” (How to be single) trata justamente destes ‘conflitos’ da mulher moderna, de forma bastante atual e bem-humorada.

Na trama, Alice (Dakota Johnson) é a típica garota certinha, que acaba de sair de um longo relacionamento com seu colega de faculdade, Josh (Nicholas Braun). Aliás, namoro no qual ela mesma colocou um ponto final junto com o término dos estudos, após chegar à decisão que ambos deveriam viver mais e ter outras experiências.

Quando se muda para Nova York não sabe muito bem o que fazer, até que a excêntrica e super animada Robin (Rebel Wilson), sua colega de trabalho, especialista na vida noturna da Big Apple passa a “ensiná-la” como ser uma mulher solteira.

Dentre os ensinamentos estão: participar de diversas festas – senão todas (!), investir em homens nos bares fazendo com que eles paguem pelos drinks e praticamente não ter uma casa própria. Claro que tudo isso com o jeitão espalhafatoso e engraçado de Rebel que dá um show de humor.

Após badalar muito, beijar outros homens e fazer sexo sem compromisso Alice chega à conclusão que já viveu as outras experiências que precisava para amadurecer e decide voltar com Josh, que obviamente, está com outra. E assim continua a busca e vivência da “solteirice”, agora forçada.

O longa também mostra os casos amorosos, desilusões e conflitos de outros personagens como Tom (Anders Holm) – o solteiro convicto e dono de um dos bares da cidade que é o “gostosão que pega todas”, Meg (Leslie Mann) – a irmã mais velha e solteirona de Alice que não tem tempo nem vontade de namorar, Lucy (Alison Brie) que tenta encontrar um namorado a todo custo, Ken (Jake Lacy) – o garotão jovem que se apaixona por uma mulher mais velha sem medo de se relacionar e sem qualquer preconceito e ainda David (Damon Wayans Jr) – o viúvo e pai solteiro que não se sente preparado para um novo relacionamento.

Com roteiro de Dana Fox e direção de Christian Ditter, o filme consegue divertir bastante, mesmo retratando alguns assuntos que podem ser complicados. Aliás, mesmo as cenas mais dramáticas e os temas delicados não chegam a ser realmente tristes, tendo sempre um desfecho engraçado, que provoca boas risadas.

Se você está solteiro (a), vá com amigos; se tem compromisso, vá com o parceiro (a), por que não? É bom quebrar tabus, preconceitos e perceber que a vida pode ser muito mais leve e engraçada. E isso vale para todos: solteiros (as), casados (as), pessoas em um relacionamento sério e para quem só quer curtir, claro.

Vale conferir.

por Tabatha Moral Antonaglia – especial para A Toupeira

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