O Canal Curta! exibe “Blues”, série produzida por Martin Scorcese, com sete documentários dirigidos por diretores renomados como Wim Wenders e Clint Eastwood. Em cada capítulo, os cineastas tentam captar a essência do estilo musical explorando sua origem e difusão pelo mundo. “Com vontade de ir para casa”, do próprio Scorcese, é o episódio desta Segunda da Música, dia 29, e homenageia o delta blues. No longa, o músico americano Corey Harris embarca em uma busca pelas origens do estilo viajando pelo rio Mississipi e o oeste da África.
Na Terça das Artes, dia 1º, vai ao ar “Lugares do Afeto – A Fotografia de Luiz Braga”, da diretora Jorane Castro. O documentário acompanha o trabalho do conhecido fotógrafo paraense, que procura retratar em suas imagens o imaginário da vida amazônica. Luiz Braga possui o olhar de conhecedor da região, com registros sutis e que fogem do óbvio.
A ideia para rodar o filme “Histórias que só existem quando lembradas”, que vai ao ar na Quarta do Cinema, dia 02, surgiu quando, em 1999, a cineasta Julia Murat encontrou um cemitério fechado em uma pequena vila do Forte Coimbra, distrito localizado no município de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Por conta disso, os moradores eram obrigados a enterrar seus amigos e familiares numa cidade vizinha, a sete horas de barco. Selecionado para o Festival de Veneza, Toronto, San Sebastian e Rotterdam, e vencedor de mais de 25 prêmios internacionais, o filme marcou a estreia de Julia na direção de longas. No enredo, Rita (Lisa E. Favero) é uma jovem fotógrafa que chega a Jotuomba, no interior do estado do Rio de Janeiro. Ela encontra uma cidade praticamente devastada pelo tempo e ignorada pela tecnologia. Lá, conhece Madalena (Sonia Guedes), uma velha padeira que continua vivendo no local com um pequeno grupo de pessoas. As duas desenvolvem uma estranha e afetuosa relação.
Ainda na quarta, o “A Vida É Curta!” traz filmes que falam sobre avós com duas estreias do uruguaio Michael Wahrmann. Primeira delas, “Oma” é um premiado documentário realizado por Wahrmann, conhecido como Misha, sobre a sua relação de desencontro de linguagens com a avó alemã. Na sequência, “Avós” vai ao ar pela primeira vez no canal e conta a história de Leo um menino que ganha meias de uma das avós e, da outra, cuecas. O avô o presenteia com uma câmera, através da qual ele mostra sua tentativa de trocar os presentes que recebeu. Para encerrar, “Olhos de ressaca”, de Petra Costa, conta a história de Vera e Gabriel, que estão casados há 60 anos. No filme, eles divagam acerca da própria história: os primeiros flertes, o nascimento dos filhos, a vida e o envelhecer. Entre as recordações, imagens de arquivo familiar se confundem com imagens do presente, tecendo um universo afetivo e onírico.
No dia 03, a Quinta do Pensamento apresenta o documentário “Chomsky & Cia”. A visão crítica do filósofo sobre as contradições das democracias neoliberais é o foco do filme, que traz depoimentos do próprio Chomsky, dificilmente disponível para entrevistas, e de adeptos de uma filosofia política e social mais libertária em todo o mundo. Com um toque de humor, a produção mescla essas entrevistas com imagens de arquivo, fugindo de vícios acadêmicos.
“Born Free – Os Filhos da Revolução” é a atração da Sexta da Sociedade, dia 04. Produção de 2014 dirigida por Bernardo Rebello, o filme mostra diferentes gerações de duas famílias sul-africanas, os Pooe e os Sibeko, impactadas pelo apartheid em proporções diferentes. A história mostra a luta dos avós, tratados como cidadãos inferiores e que só tiveram a chance de votar em 1994; dos pais, que cresceram sob uma sociedade racista dominada por uma minoria branca e, dos netos, que vivem em uma África do Sul livre, após a eleição de Nelson Mandela como primeiro presidente negro do país. Duas décadas após o fim do regime, o documentário também mostra os novos rumos enfrentados pela África do Sul com sua democracia emergente. A obra foi filmada na época das eleições presidenciais de maio do ano passado.
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