Continuação de “Invasão à Casa Branca” (2013), o novo filme de ação “Invasão a Londres” (London has fallen) coloca novamente o presidente dos Estados Unidos e sua equipe de segurança em apuros. Dessa vez, o longa se passa na capital britânica, onde os principais líderes mundiais se reúnem para o funeral do primeiro-ministro inglês. Após desembarcar em Londres ao lado do chefe do Serviço Secreto Mike Banning (Gerard Butler), o presidente americano Benjamin Asher (Aaron Eckhart) se envolve em uma caçada motivada por vingança.
A estreia do diretor iraniano Babak Najafi em Hollywood segue o clichê de retratar os norte-americanos como heróis patriotas, enquanto apresenta personagens islâmicos como vilões sem dar enfoque às suas motivações.
O longa funciona muito bem como um alternativa de ação para divertir, cheio de cenas rápidas de perseguição, tensão e reviravoltas, mas não dá espaços para reflexões. O suspense fica por conta dos cenários claustrofóbicos em que a iluminação e a trilha sonora cumprem bem seus papéis, mas sem nada de novo.
Os efeitos especiais, por sua vez, deixam um pouco a desejar e não convencem nas explosões, bombardeios e quedas de aeronaves. Os mais ligados no que há de mais moderno em computação gráfica poderão comparar algumas cenas com as de filmes amadores.
A obra também conta com a atuação de Angela Bassett, Robert Forster e Jackie Earle Haley, mas são as poucas aparições de Morgan Freeman, que interpreta o vice-presidente americano Speaker Trumbull, que merecem destaque. O ator defende tão bem seu papel, que em alguns momentos nos pegamos imaginando como ele se sairia como presidente substituto de Asher.
“Invasão a Londres” tem tiroteios, bombas, correria, morte e tudo mais que um filme de ação precisa ter, mas não surpreende. Vale conferir no cinema, mas sem expectativas muito altas.
por Kelly Amorim – especial para A Toupeira