“Tudo vai ficar bem” (Everything will be fine), conta a história de Tomas (James Franco), um escritor que durante uma briga com sua namorada decide pegar seu carro e sair sem rumo, até que em um determinado momento ele perde o controle do veículo e acaba matando uma criança.
Esse é um filme do gênero drama, uma área do cinema que precisa ser vista de uma forma cautelosa, pois normalmente as coisas ficam subentendidas, sua mensagem é passada aos poucos, de acordo com o momento. Esse longa, em específico, mostra algo que surpreende no desenrolar de sua trama, mas que pode parecer confuso num primeiro momento, sendo até mesmo complicado ou cansativo para parte do público. Talvez o maior problema da produção seja não ter um ato em que a situação fique de fato difícil para o Tomas – é nítida a falta do famoso “clímax”.
A ideia central é boa, o filme conta um elenco bem interessante e aproveita a experiência de seu protagonista James Franco, que deu seu melhor para desenvolver um personagem incomum após o trauma do acidente.
Destaque também para o belo cenário e efeitos de iluminação eficientes em cada cena. O elenco ainda traz a triz Charlotte Gainsbourg, Rachel McAdams e Marie – Josée Croze. À frente da direção está Wim Wenders acostumado a fazer documentários e dramas para o cinema.
Deve agradar os espectadores que têm mais paciência para tentar entender o problema que ronda o personagem principal, porém, não se deve levantar muitas expectativas em relação a fortes emoções ou complicações grandiosas em torno dele.
De qualquer maneira, fica uma bela mensagem de vida no enredo da produção distribuída pela Mares Filmes, que se mostra um investimento arriscado, mas aproveita o fato de ter bons atores e cenários bonitos para buscar o sucesso nas telonas.
por Vitor Hugo Mauricio – especial para A Toupeira