Crítica: “O Maravilhoso Mágico de Oz – Parte 1”

O Mundo de Oz está de volta aos cinemas, dois meses depois da estreia de “Wicked”. Mas dessa vez, numa adaptação da versão russa do livro de L. Frank Baum.

Em “O Maravilhoso Mágico de Oz – Parte 1” (Volshebnik Izumrudnogo goroda. Doroga iz zhyoltogo kirpicha / The Wizard of the Emerald City: The Yellow Brick Road), o diretor Igor Voloshin traz para os dias atuais a aventura de Ellie Smith (Ekaterina Chervova), uma garota levada por um furacão para uma terra fantástica, juntamente com seu cachorro Totó (voz de Denis Vlasenko), que tem a capacidade de falar como um humano, enquanto está nesse lugar mágico.

No caminho para encontrar o Mágico de Oz e conseguir voltar pra casa, a garota deve ajudar o icônico trio formado por um Espantalho (que busca por um cérebro), um Homem de Lata (que anseia por um coração) e um Leão (que deseja ter coragem). Embora no geral o plot não pareça muito diferente do clássico americano, o nome da protagonista não é a única diferença da versão russa e do filme.

Por exemplo: as bruxas têm nome. O tornado que leva a protagonista para Oz é convocado pela Bruxa Má do Leste, Gingema (Vasilina Makovtseva). Além dela, temos a Bruxa Boa do Norte, Villina (Aleksandra Bogdanova); a Bruxa Má do Oeste, Bastinda (Svetlana Khodchenkova), que não tem a pele verde nessa representação; e Stella (a Bruxa Boa do Sul, não apresentada em tela).

Gingema e Villina aparecem muito rapidamente e o foco é em Bastinda, principal antagonista. As três apresentam interpretações semelhantes (que podem parecer exageradas) – sensação amplificada pelo uso do CGI e pela escolha de figurinos.

Quanto ao grupo de protagonistas, Ellie é a mais problemática. Apesar de ser o objetivo do roteiro que ela seja mimada e irritante para ir mudando durante a jornada, não há elementos suficiente para superar as impressões iniciais. Ainda mais estando acompanhada de Totó (ou Tobias) que tem todo o carisma e age como líder do grupo. O Espantalho arranca algumas risadas, o Homem de Lata é o mais bem explorado pelo roteiro de Timofei Dekin, Roman Nepomnyashchiy e Aleksandr Volkov, enquanto o Leão começa cômico, mas evolui muito rápido e perde o motivo da jornada.

A Oz russa é propositalmente próxima a cenários soviéticos e menos fantasiosa que a americana. O problema é que as cidades apresentadas no longa – Reino do Leste, Reino do Oeste e Cidade das Esmeraldas dão a impressão de resumir-se a castelos com detalhes coloridos. Tal fato, claramente se deve ao orçamento total de US$ 8 milhões (revertidos em uma arrecadação de mais de US$ 30 milhões em bilheteria mundial, até o momento).

Embora a obra na qual se baseia seja um enorme sucesso há mais de um século, “O Maravilhoso Mágico de Oz – Parte 1” corre o risco de não ser tão interessante para adultos, ou para quem conhece somente sua versão mais famosa. Já para o público infantil, os obstáculos podem ser a duração de 120 minutos da produção e a iniciativa de se dividir a história em duas partes, sendo que a segunda está prevista para chegar aos cinemas apenas em 2027.

por Thyago Evangelista – especial para A Toupeira

*Título assistido em Pré-Estreia promovida pela Imagem Filmes.

Filed in: Cinema

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