“Ainda Estou Aqui” desembarcou nesta quinta-feira, 20, no México, Argentina, Uruguai, Equador e Peru, dando continuidade a fase de lançamento na América Latina, e confirmando seu apelo na região.
Apenas no México, onde ocupa 171 salas, a produção já foi vista por 16,3 mil pessoas, contando as sessões de pré-estreia. Na Argentina, o primeiro dia de exibição atraiu 1,1 mil pessoas para as 41 salas que exibem o longa.
A recepção por parte da crítica também tem sido calorosa, o que fez com que sua avaliação no Rotten Tomatoes crescesse, atingindo 97% de aprovação da crítica especializada (e 98% do público).
No Clarín, maior jornal argentino, o crítico Pablo O. Scholz definiu o filme como “apaixonante, que se torna cada vez mais comovente à medida que se desenvolve, e um dos melhores trabalhos de Salles como diretor”.
Para o também argentino La Nación, María Fernanda Mugica descreve a atuação de Fernanda Torres como um pilar de sustentação do filme: “o trabalho da atriz é brilhante, de uma forma nada ostentosa e construído a partir da sutileza. O arco da personagem Eunice é complexo: aquela vida idílica e divertida do começo do filme é seu ponto de vista, que muda quando ela se torna uma mulher em busca de respostas e justiça pelo desaparecimento do marido, ao mesmo tempo em que tenta reconstruir a vida de sua família. Torres habita cada passo desse caminho com realismo e sensibilidade surpreendentes, acompanhada de um elenco que também exibe essas qualidades e se destaca como um todo”.
“Ainda Estou Aqui” estreia nesta sexta-feira, 21, nos cinemas da Espanha e Inglaterra — países em que a crítica também abraçou o filme. No jornal de maior circulação da Espanha, El País, Carlos Boyero destaca a força da dupla formada por Walter Salles e Fernanda Torres para abordar a história da família Paiva.
“Salles narra essa tragédia com complexidade e sutileza. Você tem a sensação de que tudo é real. É um bom filme sobre um tema sombrio, o da perda definitiva do paraíso. E tem uma excelente atriz, sóbria, com classe, revelando o que acontece dentro dessa mulher dilacerada, sem fazer o menor estardalhaço, sem pedir que você tenha pena dela, com um olhar e uma atitude permanentemente dignos. O nome dela é Fernanda Torres”.
Para Sergi Sánchez, do jornal La Razón, o filme é um “elogio da mãe coragem”, e para Salvador Llopart, do La Vanguardia, “um dos mais emocionantes em anos”.
Além da crítica nas principais publicações da América Latina e Espanha, “Ainda Estou Aqui” recebeu novamente o apoio de um aliado importante em sua divulgação, Alejandro González Iñárritu. O vencedor do Oscar e diretor de “Amores Perros” e “O Regresso”, disse: “Walter Salles faz brilhar a luz do cinema por uma fenda na intransponível muralha da violência. Um filme de profunda sensibilidade e delicadeza, apesar da brutalidade que retrata”, afirma o cineasta.
No Brasil, “Ainda Estou Aqui” chega a sua 16ª semana em cartaz em 650 salas do circuito, totalizando mais de 5,1 milhões de espectadores. No mundo, o filme já soma US$ 26 milhões arrecadados, mesmo estando presente em menos de 20 países. Destaca-se por ter vendido 300 mil ingressos na França, e por se aproximar deste número de público também em Portugal. Sua rota de lançamentos continua no dia 27 de fevereiro, quando chega à Austrália, e 12 de março, quando estreia na Alemanha.
Nesta semana, “Ainda Estou Aqui” chegou a um total de 38 premiações nacionais e internacionais, com três novas adições: o prêmio de Filme Mais Valioso do Ano, no Cinema for Peace, Melhor Filme em Língua Não Inglesa e Melhor Atriz (Fernanda Torres), no Latino Entertainment Film Awards.
No dia 23 de fevereiro, o longa concorre ao OFTA Film Award de Melhor Filme Estrangeiro e de Melhor Atriz (Fernanda Torres). A temporada de premiações se encerra com o Oscar, no dia 2 de março, onde concorre nas categorias de Melhor Filme — indicação inédita para o Brasil —, Melhor Atriz (Fernanda Torres) e Melhor Filme Internacional.
Selecionado para mais de 50 festivais nacionais e internacionais, “Ainda Estou Aqui” vem conquistando crítica e público global. Dos 38 prêmios, sete são de Melhor Filme segundo o Júri Popular: No Festival Internacional de Cinema de Roterdã, Festival Internacional de Cinema de Miami; 48ª Mostra de S. Paulo; Festival Internacional de Cinema de Vancouver, no Canadá; Festival de Cinema de Mill Valley, nos Estados Unidos; e Festival de Pessac, na França, onde também recebeu o Prêmio Danielle Le Roy, dado pelo júri jovem, além do prêmio de público pelo Golden Derby.
Sinopse
Rio de Janeiro, início dos anos 1970. O país enfrenta o endurecimento da ditadura militar. Estamos no centro de uma família, os Paiva: Rubens, Eunice e seus cinco filhos. Vivem na frente da praia, numa casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece.
Eunice – cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas – é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos. Baseada no livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva, a história emocionante dessa família ajudou a redefinir a história do país.
da Redação A Toupeira