Quarto título da aclamada franquia sul-coreana a chegar aos cinemas, “Força Bruta: Punição” (Beomjoidosi 4 / The Roundup: Punishment) começa seu festival de acertos desde a escolha do tema escolhido para moldar o mais recente trabalho do carismático detetive de investigações criminais, Ma-Seok-do (Don Lee).
O submundo condenável por trás dos jogos ilegais (em forma de cassinos e apostas online) traz, através de seus crimes cibernéticos, uma relevante e muito atual discussão. Porque é fácil se deixar iludir pelo que é mostrado nas telas de celulares e computadores, esquecendo-se de que os bastidores dessas promessas de ganhos fáceis ocultam fatos não tão agradáveis assim.
Na trama escrita por Oh Sang-ho, vemos Ma-Seok-do descobrindo (e debelando) um aplicativo de vendas de drogas on line. Já nesse início, o longa dirigido por Heo Myeong-haeng entrega momentos de ação que farão sorrir os fãs do gênero: preste atenção nas sequências envolvendo uma moto e um portão de grade.
Ao ter acesso às informações sobre os desenvolvedores do aplicativo, o protagonista se vê diante de uma gama de elementos díspares, mas que fazem parte de um mesmo conjunto: um assassinato, uma mãe em luto, um intrincado esquema de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e, principalmente: indivíduos poderosos que não se importam com nada / ninguém que não sejam os próprios interesses.
Para dar andamento à missão, o personagem principal contará com a ajuda de Han Ji-soo (Lee Joo-bin) da Divisão de Crimes Cibernéticos e Kang Nam-soo (Kim Shin-bi) da Divisão de Forense Digital. A dupla especializada em informações envolvendo tecnologia será um excelente contraponto ao detetive pouco familiarizado com artefatos tecnológicos.
Mas, e se o antagonista for eficiente tanto mental quanto fisicamente? Esse é caso do mercenário Baek Chang-gi (Kim Mu-yeol), que tem em sua formação como soldado de elite, um grande trunfo contra as sempre perigosas investidas físicas de Ma-Seok-do. Os confrontos entre os dois são tão bem executados que convencem como lutas reais desde o primeiro movimento.
Com a classificação etária definida para espectadores a partir de 16 anos, “Força Bruta: Punição” ganha liberdade para oferecer um resultado explícito e que, por isso mesmo, torna-se crível. O que me parece importante, não só para atrair, mas também manter a atenção da plateia.
Destaque para a participação do excêntrico Jang Yi-soo (Park Ji-hwan), figura que serve de alívio cômico e acrescenta ainda mais qualidade à produção, uma vez que, apesar de ser tão diferente do detetive, faz uma ótima dupla com ele em tela.
Embora a narrativa seja independente – não sendo necessário saber as histórias pregressas da saga, vale a pena conhecer todas – e essa será o desejo de boa parte do público, ao termino da exibição da obra. Os três primeiros filmes estão disponíveis em streaming.
por Angela Debellis
*Título assistido em Cabine de Imprensa Virtual promovida pela Sato Company.
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