Crítica: “Meu Malvado Favorito”

Meu Malvado Favorito pôster críticaAlguns personagens marcantes não fazem o menor esforço para serem queridos. Mas gostamos deles mesmo assim!

Um ótimo exemplo é o mal-humorado Gru (voz de Steve Carell na versão original e Leandro Hassum na versão brasileira), de “Meu Malvado Favorito” (Despicable me), uma surpreendente animação que chega às telonas, nesta sexta-feira, 06 de agosto.

Eu que já tenho uma leve – e estranha – tendência a simpatizar com vilões de estórias fictícias (afinal, costumam ser figuras emblemáticas e ter narrativas bem interessantes), novamente me vi torcendo pelo “cara mau”, porém, dessa vez não estava sozinha, já que é muito fácil passar para o lado nem tão certinho – mas muito divertido – da trama.

Nosso protagonista é um homem solitário – a não ser pela companhia de seu estranhíssimo (entenda-se fofo) cachorro – cujo grande objetivo na vida é manter o duvidoso título de “Vilão Número 1”. Só que tal missão se complica com a aparição de Vetor (Jason Segel / Marcius Melhem), um jovem gênio do mal, disposto a tomar tal lugar.

É quando surge a ideia do que seria o maior roubo de toda a história da humanidade: Gru decide roubar a Lua. E para isso conta com a providencial ajuda dos Minions, pequeninos asseclas que parecem aqueles feijõezinhos plásticos saltadores de brinquedo, e do Dr. Nefário (Russell Brand / Luiz Carlos Persy), um cientista – com um óbvio jeito de louco – que cria os mais inacreditáveis artefatos.

Mas a improvável chegada de três garotinhas órfãs, Margô (Miranda Cosgrove / Bruna Laynes), Edith (Dana Gaier / Ana Elena Bittencourt) e Agnes (Elsie Fisher / Pamella Rodrigues), pode mudar radicalmente os planos de todos e mostrar o quão fácil as coisas podem ser, quando se está aberto a mudanças.

Mais uma vez, os coadjuvantes merecem atenção. Todas as cenas nas quais os Minions aparecem são garantia de boas risadas. Destaque para os créditos finais em que eles dão um dos melhores shows em 3D que já vi – com direito a esticadinha de braço para tentar alcançá-los.

A produção é eficiente e faz com que o público sinta várias emoções simultaneamente. Em uma mesma cena, é possível enxugar uma lágrima no cantinho do olho, enquanto se percebe um sorriso que brota nos lábios.

E ao término da exibição, quem gosta de animações – como eu – ganha mais um personagem (que no fundo nem é tão malvado assim) para a cada vez maior Galeria de Favoritos…

Corra para o cinema e divirta-se!

por Angela Debellis

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