Crítica: “A Lista de Schindler”

Para comemorar os 25 anos de lançamento do filme “A Lista de Schindler” (Schindler’s List), a Universal Pictures, traz para o cinema a versão remasterizada do longa, que foi vencedor de 7 Oscars e 3 Globos de Ouro. A obra de Steven Spielberg é considerada um dos melhores filmes americanos de todos os tempos.

Para quem ainda não assistiu, o drama é inspirado na vida de Oskar Schindler, um empresário alemão, filiado ao partido nazista, que salva mais de 1.000 judeus empregando-os em suas fábricas.

O longa aborda de maneira leve os aspectos da personalidade de Schindler como seu gosto por belas mulheres, grandes festas e bebidas finas. Traz à tona a forma gradativa com que ele foi se comovendo com o drama vivido pelos judeus em meio ao Holocausto.

As produções de Spielberg são veneradas, independente do gênero, e “A Lista de Schindler” lhe rendeu o Oscar de “Melhor Diretor” em 1993 – ele também foi premiado por “O Resgate do Soldado Ryan” em 1998, mais um filme ambientado na Segunda Guerra Mundial. Steven faz parte de um seleto e pequeno grupo de diretores que possui dois Oscars nesta categoria.

Sem nenhum apelo sensacionalista para violência, o diretor relata as mazelas sofridas por judeus ao serem forçados a deixarem suas casas confortáveis e por vezes luxuosas e irem viver amontoados em guetos, mais precisamente o de Cracóvia.

É ressaltada a luta diária por sobrevivência e a versatilidade do povo que deixava posições renomadas na sociedade ou profissões voltadas à área de educação e arte, em busca de serem considerados aptos para trabalhos exaustivos, tornando-se escravos.

Toda a obra é em preto e branco reforçando a melancolia dos diálogos, dos cenários, dos personagens, de todo o ocorrido. Ao longo da história você não percebe ou não sente mais a falta de cores, pois elas não fariam diferença perante a tanto sofrimento.

Liam Neeson, vinte e cinco anos mais jovem, está formidável em sua primeira grande oportunidade no cinema e encara o protagonista com total maestria. O papel pode ser considerado a sua melhor performance e lhe rendeu uma indicação como “Melhor Ator” no Oscar.

Uma verdade absoluta é que são três horas intensas, em que involuntariamente o espectador analisa seus próprios conceitos e os meios sociais em que está envolto. A vida de Schindler é uma pequena amostra do que a gratidão e o amor podem fazer.

Independente se já assistiu ou não, esta é, sem dúvida alguma, uma obra que merece ser apreciada em todas as oportunidades possíveis.

por Carla Mendes – especial para A Toupeira

Filed in: Cinema

You might like:

“Esperança”, a primeira autobiografia de um papa “Esperança”, a primeira autobiografia de um papa
FLIX Channel lança ‘Promoção Melhor Roteiro Internacional’ e sorteia viagens  para Orlando FLIX Channel lança ‘Promoção Melhor Roteiro Internacional’ e sorteia viagens para Orlando
Brasileiros da Team Liquid estreiam com vitória no mundial de Rainbow Six Siege Brasileiros da Team Liquid estreiam com vitória no mundial de Rainbow Six Siege
“Premonição 6: Laços de Sangue” ganha teaser trailer e pôster oficial “Premonição 6: Laços de Sangue” ganha teaser trailer e pôster oficial
© AToupeira. All rights reserved. XHTML / CSS Valid.
Proudly designed by Theme Junkie.