Posso dizer com toda sinceridade que a honra dos fãs de Batman foi mais uma vez restaurada. Chega aos cinemas brasileiros nesta próxima sexta-feira (18): “Batman – O Cavaleiro das Trevas” (“Batman – The Dark Knight”) o novo longa do morcego.
É sombrio ao extremo, nada de sentimentalismo piegas de heróis. Somos levados a uma intrincada e tenebrosa viagem ao coração de uma cidade dominada pelo mal e criminalidade sem limites. Batman está do jeito que sempre deveria ter sido: um homem em busca de justiça que incuti medo no coração dos bandidos.
Falo isso, pois quem pôde acompanhar minha crítica ao filme de 2005 (“Batman Begins”) sabe que foi uma verdadeira redenção as produções anteriores que simplesmente mataram o Cavaleiro de Gotham e na minha modesta opinião deveriam ser queimadas e esquecidas.
Bom, venenos à parte como diria Hera Venenosa, temos uma história consistente e tensa. O herói mascarado enfrenta desde reles bandidos comuns até o seu mais temível e cruel inimigo: o Coringa. Sim, o palhaço do crime surge finalmente para tornar a vida do encapuzado um verdadeiro pandemônio e olha que ele consegue.
Para aqueles que temiam pela atuação e caracterização do vilão fiquem tranqüilos, pois o ator Heath Ledger (falecido no início do ano) superou qualquer expectativa e outro que possivelmente tenha interpretado esse personagem ficou apagado na história cinematográfica.
Os eventos narrados na nova trama acontecem em seqüência ao final de Begins. Encontramos um Batman vivendo a margem da sociedade, mas auxiliando e respeitado pela polícia. Na cruzada contra o crime entra em cena o promotor Harvey Dent (Aaron Eckhart) e a ajuda permanente do tenente James Gordon. Claro que as aparições do Coringa, que não são poucas, roubam as cenas. E são impagáveis as piadas sem graça que ele conta ou faz.
Caso eu conte mais correrei o risco de ser taxado de inimigo público número um dos fãs do homem morcego, mas vou me permitir uma indiscrição: prestem atenção à cena no hospital de Gotham. A aparição do Coringa neste momento vai deixar com medo de pessoas de branco por um bom tempo.
São 152 minutos que valem a pena, o final é surpreendente e dá o gancho para a seqüência, ou você achava que acabaria por aí? Em tempo: o filme, em minha opinião, é para adultos. Ainda não sei a classificação, mas as crianças ficarão perdidas e assustadas em uma sessão dublada (se houver).
Não seja um agente do caos e vá ao cinema, caso contrário acerte as contas com o Vigilante Mascarado.
por Clóvis Furlanetto
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