Hollywood dos anos 1930. Glamour. Fama. Festas e diversas excentricidades que o sucesso pode oferecer. Essa é a vida que Bobby (Jesse Eisenberg) irá encontrar no mundo das estrelas. O jovem judeu começa a trilhar seu caminho rumo a realidade diferente daquela que conheceu no Bronx.
Em meio às novidades, ele se apaixona perdidamente por Vonnie (Kristen Stewart), secretária de seu tio (Steve Carell), que o ajuda a conhecer a cidade – e a vida. A conexão entre os dois é tão profunda que faz parecer que a paixão está para florescer a qualquer momento. Tudo, aparentemente, perfeito. Ele só não contava com a existência do namorado secreto de sua amada.
Um triângulo amoroso que direciona os desfechos das vidas dos personagens principais, e dos coadjuvantes. Você nunca sabe o que está para acontecer. Mais do que isso, “Café Society” (idem) nos apresenta personalidades totalmente antônimas umas das outras: fracasso, sucesso, riqueza, pobreza.
A temporalidade da trama é outro ponto forte. O espectador não sabe se está assistindo a uma obra que representa o passado ou alguma situação atual com a qual poderia, facilmente, se envolver com tudo que está diante dos seus olhos.
O roteiro leva às telas um romance não convencional, cheio de dúvidas e incertezas. Aquela coisa do “e se…”. Qual caminho seguir?! O filme nos mostra como as escolhas podem ser dolorosas, e que muitas vezes a renúncia não é a melhor opção.
Além do elenco repleto de estrelas contemporâneas, detalhes como fotografia (Vittorio Storaro) e arte (Santo Loquastro), deram “um quê” a mais à história. Sabe aquela beleza sublime, cativante, delicada e clássica do cinema, ou, até mesmo, típico de Woody Allen? “Café Society” traz ao presente o que antes, talvez, fosse possível apenas em um passado longínquo.
A produção é bacana. Vale a pena conferir.
por Fernanda Ravagi – especial para A Toupeira