Apesar de leitora voraz e grande fã de ficção científica, devo confessar que não li a obra de Orson Scott Card, na qual o longa “Ender’s Game – O Jogo do Exterminador” foi baseado. O que por um lado foi bem interessante, pois fiquei verdadeiramente surpresa com os acontecimentos finais.
Apesar de bastante atual, a história original foi escrita há quase 30 anos. O livro de 1985, é o primeiro de uma saga composta por 13 volumes.
Na trama conhecemos o pré-adolescente Ender Wiggin (Asa Buterfield, mais uma vez competente como protagonista), que pode ser a chave para a vitória em uma iminente guerra espacial entre humanos e a raça insectóide conhecida como Formics.
O Coronel Graff (Harrison Ford, de volta ao gênero que o consagrou nos cinemas), é o responsável pelo recrutamento inesperado do garoto, após vislumbrar em seu comportamento, a violência e sabedoria necessárias para executar um papel tão fundamental na batalha.
Ao lado de Ender, outros jovens fazem parte da Esquadra Internacional, orgão que está à frente de todas as ações táticas que visam atacar a tal raça alienígena, 50 anos após uma invasão frustrada à Terra. Dessa vez, a coisa tem amplitude muito maior e a palavra “piedade” não parece fazer parte do dicionário dos que estão ao lado dos humanos.
O filme retrata basicamente o treinamento desse jovem exército, que inclui a participação em jogos dentro de uma sala com gravidade zero e, cujas regras devem ser analisadas com bastante cuidado, se a intenção for vencer de maneira inteligente.
O mais impressionante no entanto, é o simulador pelo qual Ender e seus soldados devem passar a fim de conseguir sua graduação. As projeções absolutamente convincentes mostram o que poderia acontecer durante um confronto entre as raças – e assim como na vida real, esse “jogo” não admite erros em sua execução.
No elenco, ainda há nomes de peso como Ben Kingsley e Abigail Breslin, mas que não chegam a ter grande importância no andamento da ação – o que imagino possa ser diferente nas páginas do livro.
Com várias reviravoltas em seus momentos finais, o longa empolga justamente por não mostrar de primeira o que de fato vai acontecer. Não há em quem ou no que confiar e o inimigo pode estar mais perto do que se imagina.
O jogo já começou e você está convocado a ir ao cinema conferir o resultado.
por Angela Debellis
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