Crítica: “Luiz Melodia – No Coração do Brasil”

Que se trata de uma obra fundamental para o registro do que há de beleza na arte musical brasileira, não se questiona. Qualquer empenho mínimo ou macro para relembrar a importância de um artista que nos deixou uma obra singular, que transborda personalidade, dessa grande personalidade do cenário musical, é venerada.

Luiz Melodia não se deixou rotular, não quis e não foi catalogado. Decidiu sua música, seu caminho, enfrentando a indústria da música. Assim, é “Luiz Melodia – No Coração do Brasil”, é uma biografia não didática, uma colagem de preciosos momentos de sua vida e carreira. O filme nos dá informações sobre seu início (de vida e carreira), meio, mas não do seu fim, pois, poeticamente, não há um fim: Melodia ecoa, sempre ecoará.

Ver tantos momentos do artista, juntos em uma sequência cuidadosa, é enriquecedor. É um choque de realidade, que nos faz lembrar e nos orgulhar de sua grandeza, de termos uma única certeza: devemos valorizar nossos artistas e nossa arte brasileira.

Entre tantas recordações grandiosas estão trechos de Melodia com três ícones da música brasileira que cruzam seus caminhos, marcando definitivamente seu destino musical. São elas: Gal Costa, Maria Bethânia e Elza Soares. Encontros que superam a perfeição, o sublime.

Há uma opção inicial, e principal, que domina a maior parte da obra, feita a partir de registros do próprio Luiz Melodia, contando sua história de vida, suas glórias e dificuldades na vida profissional. Ele é o narrador de seu filme, assim como foi locutor e diretor do roteiro de sua existência e resistência na Terra.

Ator, cantor e compositor, o multifacetado artista partiu muito cedo, mas nos deixou uma herança cultural musical valiosíssima, que permanece presente e viva na cultura brasileira.

Com roteiro e direção de Alessandra Dorgan, o documentário “Luiz Melodia – No Coração do Brasil”, é um presente para fãs, e um convite para as novas gerações descobrirem quem foi e o que fez, e a grandiosidade da obra de Luiz Melodia.

por Carlos Marroco – especial para A Toupeira

*Título assistido em Cabine de Imprensa Virtual promovida pela Embaúba Filmes.

Filed in: Cinema

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