Um homem sem família, atormentado pelo passado, que vaga sozinho e sem rumo com seu carro no deserto em um mundo pós-apocalipse, no qual água e gasolina tornam-se os bens mais preciosos.
Sim! O icônico Max Rockatansk (imortalizado nas telonas por Mel Gibson numa das trilogias mais famosas da década de 1980) está de volta. Após um longo intervalo de 30 anos, o diretor George Miller retoma a direção da franquia com o lançamento de “Mad Max: Estrada da Fúria” (Mad Max: Fury Road).
Com seu elenco recheado de estrelas, o longa conta com um enredo que se desenvolve dentro de um clã comandado por Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne), considerado um “deus” para seus seguidores. O personagem tem como aliada Imperatriz Furiosa (Charlize Theron), que trai sua confiança, rouba “seus tesouros” e encara uma improvável fuga para um lugar seguro ao cruzar o deserto cheio de perigos. Essa é a premissa para que ela e Max unam forças para ter sucesso na escapada.
Se é que a produção tem algum ponto que possa ser considerado negativo, é a visível falta de diálogos. Para quem espera por detalhes ou explicações, o roteiro pode parecer pouco elaborado e trazer alguma dificuldade de compreensão da história em si.
Em contrapartida, há inúmeras sequências de ação envolvendo incríveis carros tunados, armados para o ambiente desértico e que devem fazer a alegria dos colecionadores de action figures. Toda a tensão da trama é embalada por uma trilha sonora maravilhosa, que facilmente envolve o público em suas cenas de combate.
Depois de tantos anos de espera, o que se pode dizer aos fãs da franquia – e ao público que só agora conhecerá a trajetória de Max – é que este é um filme de ação pura, que chama a atenção por seus efeitos especiais eficientes e realistas, e climas tensos durante as brigas que parecem não ter fim. Ponto para a Warner que apostou nesta que é uma das melhores surpresas de 2015 até o momento.
Respire fundo e vá ao cinema conferir.
por Vitor Hugo Maurício – especial para A Toupeira