Depois da lua de mel no navio, Fábio (Fábio Porchat) e Miá (Miá Mello) reprisam os papéis de protagonistas em “Meu passado me condena 2”, sequência do longa lançado em 2013. Na nova trama, durante uma discussão Fabio descobre que sua avó de Portugal morreu, e enxerga nessa viagem a possibilidade de salvar a relação que passa pela “crise dos três anos de casamento”.
Ficou interessante a construção feita pela equipe do filme, arrumaram um cenário diferente e legal para o desenvolvimento de cenas, procuraram um vilarejo distante de Lisboa para fazer as gravações. Isso deu um toque romântico ao mesmo tempo medieval, coisa que o cinema brasileiro nunca produziu.
O elenco foi bem selecionado e agora conta com nomes de nacionalidade portuguesa, como: Ricardo Pereira (Álvaro), conhecido por suas novelas no Brasil e Mafalda Rodiles (Ritinha), que é novata nas telonas brasileiras.
Também contou com integrantes do primeiro filme, como: Marcelo Valle (Wilson) e a Inêz Viana (Suzana) o casal que mais atrapalhava o casamento de Fabio e Miá com conselhos ruins. Porém, a participação dos dois parece meio sem sentido, pois ficaram perdidos em meio à história principal e não dava para perceber se estavam para fazer “escada” ou para desenvolver algo novo dentro do cenário em que eles tentam dar um golpe.
A trama central é muito boa, com um bom desenvolvimento do “casal mais apaixonado do cinema”. Piadas bem colocadas, com o ponto certo sem forçar nada ao público – não se sabe quando é improviso ou quando é o texto. Souberam fazer uma comédia romântica com todas as fórmulas necessárias para ter êxito.
O longa chega com uma proposta de continuação legal, um ambiente bonito e agradável, bem produzido, com um roteiro gostoso de acompanhar. Se você partilha da ideia que o cinema nacional anda carente de filmes bons, pode se surpreender com esta comédia.
Vale conferir.
por Vitor Hugo Mauricio – especial para A Toupeira