Crítica: “O Esquadrão Suicida”

Um grupo de anti-heróis (vilões?) que precisa enfrentar perigos de outro planeta e conta com um líder carismático que usa um capacete estiloso. Nessa trupe também há uma mulher que é tão bonita quanto perigosa e um dos elementos mais bacanas é uma criatura forte e de vocabulário bastante reduzido. Uma história contada com a ajuda de uma chamativa trilha sonora. Esse poderia ser um resumo de “Guardiões da Galáxia”, mas também serve para dar uma ideia do que esperar com a estreia de “O Esquadrão Suicida” (The Suicide Squad).

Figuras mais excêntricas do Universo da DC Comics, a protocolarmente chamada “Força Tarefa X” tem uma nova missão para cumprir, a mando da toda poderosa Amanda Waller (Viola Davis, perfeita como sempre). Mais uma vez, os internos da penitenciária Belle Reeve têm liberdade para agir sem regras morais, mas sempre sob a letal ameaça das bombas implantadas em seus pescoços. Êxito na tarefa? Dez anos a menos de pena. Deserção ou atitudes contrárias às ordens aplicadas? Morte instantânea. Simples e categórico.

A trama se passa quase em sua totalidade em Corto Maltese, país fictício localizado em uma ilha sul-americana, que servirá de cenário para as mais improváveis sequências envolvendo o uso de violência gráfica explícita (o que rendeu uma classificação etária “R” nos Estados Unidos e 16 anos no Brasil), nas quais quase ninguém está seguro. Além da bomba que carregam em seus corpos, os membros do Esquadrão também têm que encarar a total permissão que o diretor / roteirista James Gunn teve para escrever o destino de cada um.

Em 132 minutos de ação quase ininterrupta (salpicada por alguns momentos mais “emocionais”), mesmo o elenco sendo tão grande, há momentos de destaque para cada indivíduo, o que faz com que todos possam se tornar favoritos dos espectadores – seja pelo motivo que for. Os novatos ganham espaço para ter suas histórias de origem contadas e os veteranos seguem se fazendo amar – ou odiar – já com uma base estabelecida.

Como era de se esperar, Margot Robbie permanece bastante confortável em seu, até aqui, terceiro filme como Harley Quinn /Arlequina. Idris Elba assume o papel de líder e entrega um Sanguinário que convence e impressiona (por suas habilidades e armas). Ainda entre as várias novidades, Caça-Ratos 2 (Daniela Melchior) e Tubarão-Rei / Nanaue (voz de Sylvester Stallone) estão entre os mais prováveis a cair no gosto popular.

Embora não seja conhecido do grande público, Starro – antagonista já confirmado pelo trailer e por materiais promocionais divulgados anteriormente – surge como um dos melhores em tela. A presença de uma “estrela-do-mar gigante e alienígena”, por mais incrível que possa parecer, é tão absurda quanto eficaz.

Tomando um rumo bem diferente do apresentado na maioria das produções cinematográficas baseadas em quadrinhos da DC, “O Esquadrão Suicida” junta com o mesmo ímpeto, ação, humor / sarcasmo e violência, assumindo riscos que, aparentemente, têm a corajosa intenção de alçá-lo entre os títulos mais celebrados do gênero.

por Angela Debellis

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Warner Bros. Pictures.

Filed in: Cinema

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