Crítica: “Oddity – Objetos Obscuros”

Com sua qualidade reconhecida ao levar o Prêmio do Público na seção Midnighter do Festival South by Southwest e sagrar-se vencedor da 18ª edição do Festival português MOTELX, “Oddity – Objetos Obscuros” (Oddity) chega aos cinemas brasileiros com exclusividade no REAG Belas Artes, assim como está disponível nas plataformas digitais (Youtube Filmes, Apple/iTunes, Vivo Play e Claro TV+).

Escrito e dirigido por Damian McCarthy, o longa irlandês não tem uma história que possa ser chamada de surpreendente, mas é a junção de vários elementos que mesclam investigação policial e atividades sobrenaturais, que tornam a produção tão interessante.

A trama se passa em cenários bem reduzidos – uma casa situada em um lugar ermo, uma instituição psiquiátrica e um antiquário – sendo a primeira locação, a principal para o desenvolvimento da narrativa.

Logo no início do longa, acontece o assassinato de Dani Tammis (Carolyn Braken), que vivia com seu marido Ted (Gwilyn Lee) na referida habitação isolada. Em uma noite na qual se encontra sozinha no local – devido aos turnos de trabalho de Ted, que atua como psiquiatra em um sanatório de aparência desoladora – ela acaba sendo atacada letalmente.

A culpa pelo crime recai sobre os ombros de Olin Boole (Tadhg Murphy), um interno do hospital que, supostamente, foi a última pessoa a ter contato com Dani, antes de sua violenta morte.

O agora viúvo Ted logo estabelece uma nova relação amorosa. Yana (Caroline Mention) passa a residir com ele na casa onde Dani foi assassinada, com uma naturalidade que chega a assustar (embora haja um leve e passageiro incômodo, mas apenas por parte da jovem).

Mas, se parece não haver mais nada a se esclarecer quanto à história da invasão da moradia que culminou em homicídio, essa não é a opinião de Darcy Odello (também interpretada por Carolyn Braken).

Talvez como uma compensação por sua deficiência visual, a irmã gêmea de Dani e proprietária do antiquário que herdou de sua mãe, desenvolveu uma espécie de poder psíquico. Habilidade que faz com que, através de objetos pessoais, ela consiga realizar uma leitura de seus proprietários, dando-lhe a vantagem (maldição?) de descobrir fatos mantidos fora do conhecimento das demais pessoas.

Ao fazer uma visita inesperada ao ex-cunhado e sua nova companheira, Darcy dará início a um plano para descobrir / provar o que de fato aconteceu há um ano, quando sua irmã perdeu a vida. Para isso, leva consigo um misterioso artefato de madeira na forma de um homem com expressão assustadora, que se torna um dos elementos mais impactantes do longa, seja por sua aparência ou relevância.

“Oddity – Objetos Obscuros” é, primordialmente, escuro. A fotografia de Colm Hogan dificulta a percepção de detalhes do ambiente, contribuindo para uma sensação de constante estranheza e nictofobia, mas também é responsável pelo êxito da proposta, já que as cenas ganham certa definição nos momentos apropriados e os jumpscares tornam-se mais efetivos.

Pontuado por boas sequências, o filme – que tem uma trilha sonora enxuta, com destaque para a clássica “Now you know”, de Little Willie John – , ganha mais ritmo em seus momentos derradeiros, e seus minutos finais serão, provavelmente, os mais lembrados / celebrados – seja pelos fãs de terror ou por quem apenas espera por uma boa (e justa) conclusão.

por Angela Debellis

*Título assistido em Plataforma Digital.

Filed in: BD, DVD, Digital, Cinema

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