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Crítica: “Operação Hunt”

Roteiros que têm como base intrigas políticas (sejam em âmbito doméstico ou um grau mais abrangente) e que contam com elementos básicos de espionagem costumam render resultados interessantes para o público que busca por histórias que colocam a capacidade de observação em jogo.

Este é o caso do drama de ação “Operação Hunt” (Heon-teu / Hunt), cuja trama consegue manter ativo o desejo do espectador de descobrir quem diz a verdade e quem apenas simula uma versão mais convincente para atingir seus objetivos.

Passada em 1983, a história parcialmente baseada em fatos reais, tem como cenário a Coreia do Sul, durante o auge da ditadura militar. Os protagonistas são Park Pyong-po (Lee Jung-jae, também à frente da direção), Chefe da Unidade Doméstica e Kim Jung-do (Jung Woo-sung), Chefe da Unidade Estrangeira da KCIA (Serviço inteligente da Coreia).

À dupla é dada a urgente missão de descobrir a identidade do até então chamado “Donglim”, líder de uma célula de espionagem norte-coreana que age como agente duplo e tem vazado informações confidenciais que podem culminar no assassinato do presidente sul-coreano.

Embora rivais, eles deverão colocar as divergências de lado em nome de um objetivo comum – o que não é das tarefas mais fáceis, diga-se de passagem, ainda mais quando a cada momento surgem evidências que os colocam como possíveis suspeitos também.

Escrita por Jo Seung-hee e Lee Jung-jae, a narrativa é permeada por intrigantes reviravoltas e, quando as coisas parecem ter se resolvido, algo acontece e faz com que as convicções caiam por terra, para dar início a novas revelações que mudam por completo o que imaginava-se saber.

Por mais que tal recurso seja usado com visível frequência, ele não se torna exaustivo, nem transforma a experiência de assistir a “Operação Hunt” em algo maçante – mesmo com a surpreendente duração de 131 minutos, que pode parecer um pouco mais longa do que seria necessário para resolver todas as questões propostas.

As sequências de ação são bem realizadas e entregam bons momentos. O único ponto não tão positivo se dá pelo fato de cenas exageradamente explícitas de tortura de prisioneiros que até cumprem a missão de chocar (como seria o esperado para esse tipo de passagem), mas que talvez atingissem tal intento mesmo que fossem mais restritas – já que sua simples menção deveria bastar para incomodar os espectadores.

Vale conferir.

por Angela Debellis

*Título assistido em Cabine de Imprensa Virtual promovida pela Synapse Distribution.

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