Os “críticos” de plantão (e olha que eles estão por toda parte) que me perdoem: mas em um filme chamado “Pixels”, cuja premissa é o ataque alienígena através do formato de antigos títulos do início da era dos games, o quem menos me importa é julgar se a atuação de Adam Sandler e companhia é digna de Oscar.
Em plena era dos consoles sem fio e com cenários cada vez mais realistas, eu ainda tenho em meu quarto – e funcionando perfeitamente – um Atari 2600. Sim, um daqueles que usam cartuchos que de vez em quando precisam ser assoprados e cujos joysticks resumem-se em um quadrado com uma alavanca no meio e um solitário botão na parte superior.
Rever grandes ícones da minha infância de gamer (sim, eu era uma menina que disputava campeonatos com os garotos da turma!) em uma tela IMAX foi um verdadeiro deleite. A trama soa absurda se pensarmos que um ataque alienígena começa por uma grande falha de comunicação que faz com que os seres de outro planeta sintam-se ameaçados ao “receberem” imagens dos tais jogos. O que lhes pareceu mais lógico? Reverter o embate e transformar Pac Man, Donkey Kong, Galaga, Centipede, Space Invaders e até mesmo as aparentemente inofensivas peças de Tetris em nossos inimigos, fazendo com que tudo que toquem tornem-se justamente pixels!
Hora de chamar quem realmente entende do assunto: um técnico de eletrônica, um presidiário e o atual Presidente dos Estados Unidos, que em anos anteriores formavam o grupo de nerds que arrasavam em arcades.
Talvez não seja o filme mais genial do mundo para a nova geração de fãs de games. Há uma cena em que um adolescente questiona se os tais “Jogos clássicos” são Call of Duty e Halo. Ou seja… As melhores tiradas serão muito mais aproveitadas por quem realmente viveu essa época, que pegou toda essa evolução, mas ainda assim pode ser interessante para quem curte efeitos especiais bem executados (apesar de um tanto quanto pixelados!).
Não se preocupe: você não será o único a querer levar um Q*bert para casa!
Vale conferir!
por Angela Debellis