Crítica: “Veja por Mim”

Quando um filme de suspense é bem elaborado é possível deixar uma marca de lembrança no espectador. Alguns são tão bons que podemos nos lembrar de cada cena marcante, cada detalhe da trama e até mesmo da trilha sonora. Em “Veja por Mim” (Mira por Mí / See for Me), dirigido por Randall Okita, o suspense é mais do que o alicerce para o funcionamento da obra, é praticamente o espírito.

Mas esse espírito tem um problema e se chama Skyler Davenport que interpreta Sophie, uma jovem deficiente visual que cuida de casas e mansões sem informar sua deficiência e aproveita para roubar alguns itens valiosos com a ajuda de seu amigo por meio da câmera do celular.

Contudo, ao realizar um trabalho numa mansão isolada, a personagem se encontra diante de uma invasão doméstica por bandidos procurando um cofre secreto. Sua única forma de defesa é o aplicativo que dá nome à produção, que conecta o usuário com voluntários de todo país para ajudar. Sophie se conecta com Kelly, uma veterana do exército que passa seus dias jogando jogos de tiro, e, juntas, tentam escapar dos bandidos.

A trama é muito simples, porém bem pensada. Vale ressaltar o fato da protagonista também ser, há 10 anos, deficiente visual na vida real (devido a uma doença rara), o que faz com que consiga realizar muitas ações com notável desenvoltura.

O filme é curto (92 minutos), mas isso não é um demérito para a elaboração dos detalhes bem estruturados da trama. Cada figura é bem colocada e explorada na narrativa. As cenas são bem filmadas e o local onde se passa a história demonstra ser realmente isolado.

A ideia do aplicativo é brilhante e, definitivamente, uma ferramenta muito útil. Explorar a função associada à trama de um roubo de cofre combinou muito bem, ainda que as motivações originais de Sophie não fossem fortes suficientes para algumas atitudes da personagem.

Por fim, “Veja por Mim” mostra-se um bom longa, com uma ideia bem explorada e um entretenimento interessante. Vale a pena ser visto e até discutido, emplacando uma característica que títulos de suspense sempre têm quando são bons.

por Artur Francisco – especial para A Toupeira

*Título assistido em Cabine de Imprensa Virtual promovida pela Paris Filmes.

Filed in: Cinema

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