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Em cartaz no Teatro Aliança Francesa, localizado no bairro de Vila Buarque, na capital de São Paulo, “Quando as Máquinas Param” conta com um roteiro escrito em 1967, mas que permanece incrivelmente atual, seja pelas situações que se repetem, seja pelo impacto do período histórico no qual foi criado.

O espetáculo dirigido por Augusto Zacchi retrata um casal à beira da falência durante os anos de 1960: o operário Zé (interpretado por Cesar Baccan) e a costureira Nina (papel de Carol Cashie), que são forçados a escolher quais raros prazeres manter ainda que no limite da sobrevivência para evitar enlouquecer numa situação de desespero.

E a plateia é conduzida a um mundo onde é preciso escolher quais sonhos devem ser adiados ou mesmo destruídos, aniquilando um pouco de si mesmo a cada passo. Um mundo que é o nosso mundo.

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A peça é uma obra do multifacetado Plínio Marcos, que além de escritor também exerceu as funções de ator, diretor e jornalista, mostrando a profundidade de personagens que costumam ser deixados de lado e conseguindo tirar o máximo possível de um único cenário com apenas dois atores.

A duração de apenas uma hora pode parecer curta a princípio, mas se mostra suficiente para cumprir a missão da peça passar seu recado ao público, valendo a pena assistir tanto pela técnica quanto pela profundidade emocional que o espetáculo apesenta.

“Quando as Máquinas Param” permanece em cartaz até 24 de fevereiro.

por Luiz Henrique Fernandez – especial para A Toupeira