Como grande fã do gênero Terror (seja em livros, filmes ou produções televisivas), estou acostumada a ver personagens de inteligência questionável, que se colocam em situações que poderiam ser facilmente evitadas, se tivessem um pouco de bom senso.
O que eu não imaginava é que algum dia estaria, por livre e espontânea vontade, em uma situação assim, tentando fugir de um destino pouco favorável, devido a más decisões tomadas com amigos.
Essa é a história de “HELP – O Necrotério de Jack”, escape room disponível nas unidades Tatuapé e Vila Olímpia do Escape 60′. O ambiente simula o necrotério de Liverpool, local abandonado que foi escolhido por nosso time para celebrar o Halloween (que ideia bacana, não?).
Com o desaparecimento de Johnny, um dos integrantes do grupo, caberá aos outros tentarem encontrá-lo, para juntos escaparem, antes das temidas badaladas que indicam a meia-noite, quando Jack virá para levar suas vítimas em definitivo.
Dessa vez, nossa equipe contou com seis jogadores veteranos e dois convidados pra lá de especiais: os irmãos Oswaldo e Karina, do Canal Trasheira Violenta. A sala comporta até dez pessoas por partida, mas este pode ser um número excessivo para que todos consigam transitar sem problemas.
Os enigmas são bem intuitivos, quem já conhece a dinâmica das salas de jogos de fuga não terá dificuldade em entender as propostas. Como era de se esperar, os ambientes contam com uma baixíssima iluminação (afinal, estamos dentro de um necrotério desativado), o que dificulta bastante a tarefa de abrir os cadeados – em especial os numéricos, que são ainda mais complicados de se visualizar. Como em nenhum momento uma lanterna é cedida aos participantes, vale ter pelo menos um integrante que enxergue bem nessa situação.
Pudemos escolher entre receber pistas em momentos aleatórios (quando parecêssemos muito travados em algum desafio) ou quando pedíssemos por elas. Decidimos solicitá-las ao monitor e talvez esse tenha sido o nosso grande erro, porque fiquei com a sensação de que calculamos mal o intervalo entre os pedidos, o que custou nosso êxito na fuga, pois, a dica final foi passada muito em cima da hora.
Conseguimos solucionar todos os puzzles, mas perdemos muito tempo imaginando que um elemento que está bem visível em um dos ambientes teria alguma importância, quando na verdade era apenas uma pista falsa. Ao entendermos isso, era tarde demais.
Faltaram cinco segundos para cumprir a última tarefa, uma vez que estávamos com os itens necessários em mãos, só bastando colocá-los em seu devido lugar, para abrir a porta. Mas, esses segundos a mais não fazem parte do prazo limite e nós acabamos não escapando da sala e nos tornamos as novas vítimas de Jack.
Sobre acessibilidade: conforme dito antes, o ambiente é escuro e quem não consegue enxergar bem com pouca iluminação poderá ter problemas em interagir com elementos importantes da história. Pessoas com mobilidade reduzida conseguirão transitar sem grandes entraves (a sala fica no segundo andar do estabelecimento, mas há um elevador disponível).
Para mais informações e reservas, acesse: www.escape60.com.br.
Aqui no site, há várias resenhas de outras salas que conhecemos com nosso colegas Escapers Divertidos, para ajudar na escolha de suas próximas aventuras.
Agradecemos à assessora Sofia, por mais essa oportunidade, e esperamos por novos desafios em breve.
por Angela Debellis