Aconteceu na manhã de hoje, a Coletiva de Imprensa para o lançamento oficial da terceira temporada de “Drag me as a Queen”. Os episódios inéditos que vão ao ar no cala E! a partir de 20 de setembro às 22h50, constituem o primeiro spin-off voltado à descoberta da diva interior de celebridades (as edições anteriores contavam com a participação de mulheres anônimas). Entre as famosas, nomes como Maria Rita – que será vista já na estreia -, Gretchen e Nicole Bahls.
O evento virtual contou com a presença de Marcello Coltro, vice-presidente de relações com Afiliados, Marketing e Criação da NBCUniversal Media e com apresentadoras Penelopy Jean e Ikaro Kadoshi. Rita Von Hunty está no Chile, realizando outro projeto e não pôde participar da Coletiva, mas deixou um vídeo para os jornalistas e mostrou bastante orgulho ao falar sobre essa temporada de “Drag me as a Queen Celebridades”.
Por falar em orgulho, essa foi a tônica da conversa que, assim como a temática do programa, conseguiu proporcionar sorrisos e reflexões com a mesma intensidade e mostrar o quão necessária é a oportunidade de se realizar uma produção desse tipo, ainda mais em tempos tão extremistas quanto estes que o mundo vive atualmente.
Marcello confirmou o aumento da duração dos episódios (que passaram de 30 minutos para uma hora) a fim de conseguir explorar um pouco mais a personalidade e história de cada Queen, e, nessa temporada em específico, mostrar o lado humano de mulheres que influenciam a audiência que acompanha o programa. Quanto à mudança de foco (de mulheres anônimas para celebridades), afirmou que a ideia surgiu no final da segunda temporada, quando a aparição de Luana Piovani provocou o recebimento de ligações de várias artistas querendo participar de episódios futuros.
Penelopy Jean falou sobre o início de sua carreira, quando deixou de lado o trabalho como Design Gráfico, para atuar como DJ em boates de música pop – ocasião em que recebeu o convite para apresentar o “Drag me as a Queen”, o que fez com que abraçasse de vez se lado feminino e começasse a ser feliz de verdade.
Também contou sobre seu receio inicial com a fama prévia das participantes desse spin-off, mas que tudo acabou acontecendo de maneira bem natural – graças, inclusive, ao ambiente majoritariamente feminino criado pela equipe responsável pelo programa. E que, por incrível que pareça, as celebridades se mostraram tímidas no início, durante os ensaios, mas que depois de montadas, suas divas interiores realmente puderam vir à tona.
Tendo como referências Xuxa, Hebe Camargo e Elke Maravilha, Penelopy se mostrou feliz com a voz e a visibilidade que as Drags estão conquistando ao redor do mundo e fez um convite para que o público assista aos episódios inéditos, até mesmo na intenção de se quebrar preconceitos através da empatia.
Para a questão sobre a maior facilidade em se trabalhar com anônimas ou famosas, Ikaro Kadoshi – que completa 21 anos de carreira em novembro – afirmou que o melhor é se trabalhar com mulheres. E que esse nova temporada é uma oportunidade de se olhar para essas mulheres sob outros prismas, uma vez que as consequências da fama são amplificadas na televisão.
Falou ainda sobre a beleza do momento em que as convidadas se veem pela primeira vez com o figurino e a maquiagem completos, e o quanto isso claramente influencia em suas posturas, atitudes e até mesmo em seu caminhar.
Ikaro deixou duas mensagens fortes e importantes: para os jovens que tencionam tornar-se Drag Queens, exaltou a importância dos estudos tão necessários durante toda a vida – o que inclui conhecimentos de outros idiomas, moda, teatro, costura, bordado, entre outras artes. Principalmente, em um momento em que as redes sociais ditam e destroem muitas coisas, é importante manterem-se fiéis a sua essência.
“Já para as pessoas conservadoras, mostrou-se aberto a conversar e lembrou: Ninguém pode mudar ninguém e ninguém muda quem não está disposto a mudar”.
Além das referências citadas por Penelopy, Ikaro acrescentou à lista as Drag Queens que participavam do Programa Show de Calouros, apresentado por Silvio Santos e disse que foi através de suas performances que ele começou a entender o trabalho de Drag como algo artístico e que também gostaria de realizar.
Prometendo grandes emoções – alguns mostrados em partes no trailer oficial da produção -, “Drag me as a Queen Celebridades” nem estreou nas telinhas e já teve uma nova temporada já confirmada para 2022. E outras (ótimas) ideias foram plantadas durante o evento com os jornalistas, como episódios com a participação de maiores de 65 anos, homens (héteros, gays e trans) e até mesmo uma versão “On the Road”, com as apresentadoras viajando pelo Brasil para encontrar participantes nos mais diversos locais.
Nossa torcida para que todas as versões venham a ser realizadas e que tenham muito êxito!
Frases Icônicas ditas durante a Coletiva
Penelopy Jean:
“Eu acho que na vida a gente tem que ser feliz”.
“O ‘Drag me as a Queen’ lembra as mulheres do poder feminino, que o feminino tem muita força, é sagrado”.
“Pra gente se montar, tem que se desmontar bastante”.
“No fim das contas, no fim do dia, a gente é tudo igual”.
“A cada nova montação é uma nova experiência, um novo aprendizado”.
Ikaro Kadoshi:
“Ser Drag Queen no Brasil é um exercício de amor e paciência”.
“Não deixe ninguém dizer se você está bonito ou não, porque quem diz isso é você, olhando-se no espelho”.
“Drag Queen é um ser humano, e como arte pode fazer, performar e levar o sentimento que ela quiser”.
“É o mundo, mas eu sou eu. E eu vou, porque o mundo não pode comigo”.
“A arte não tem gênero, sexo, discriminação. Qualquer ser humano pode ser Drag Queen”.
por Angela Debellis
comment closed