Em uma ação promovida pelo Shopping Interlagos, localizado na capital paulista, para comemoração do Dia dos Namorados, aconteceu na noite de ontem, 12 de junho, um pocket show gratuito de um dos maiores nomes da música nacional: Sidney Magal.
Com uma playlist composta por 10 músicas (mais o “bis” de “Me chama que eu vou”), o cantor, que completa 50 anos de carreira em 2016, mostrou que ainda tem o completo domínio do palco e conquistou os corações e os aplausos da plateia assim que surgiu sob os holofotes.
No repertório apresentado, músicas marcantes em sua trajetória, como “O meu sangue ferve por você” (um dos pontos altos da apresentação, com participação maciça dos fãs), “Tenho” e a sempre aguardada “Sandra Rosa Madalena”, foi possível perceber que as letras atemporais continuam agradando o público – que neste caso era composto por pessoas das mais diversas idades, das que acompanham Magal há anos, àquelas que aprenderam a gostar de seu trabalho pela influência de mães/avós – como ele mesmo chegou a citar em um momento do show.
Ainda houve espaço para canções de outros compositores, como “Eu preciso dizer que te amo”, de Cazuza; “Entre tapas e beijos”, de Lindomar Castilho (sucesso nas vozes de Leandro e Leonardo), e “Adivinha o quê”, de Lulu Santos – cuja insinuante letra foi motivo para muitos gritos e alvoroço.
É muito interessante perceber a mudança na postura dos espectadores, conforme o artista se apresenta. Diversas pessoas – incluindo a mim – que começam tímidas, acabam dançando e cantando junto, de uma maneira tão natural, que fica fácil entender como uma carreira chega à marca de 50 anos com todo esse potencial para continuar de forma brilhante.
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Crédito: Clóvis Furlanetto / Paparazoom Photos.
Ao término do show, nós conversamos com exclusividade com o cantor, que se mostrou muito simpático e atencioso, ao responder nossas questões.
Confira abaixo:
A Toupeira – Esse ano você completa 50 anos de carreira, parabéns! Gostaria de saber se imagina que haja algum segredo para isso, porque hoje em dia vemos carreiras “meteóricas”, que surgem, atingem seu ápice e acabam muito rápido. Existe algum “Segredo Magal”?
Sidney Magal – Existe. Não acho que seja um “Segredo Magal”, mas um segredo que às vezes os artistas não descobrem, que é manter o respeito pelo público, que automaticamente retribui com muito respeito também.
E não deixando de lado a energia que é fundamental. Então, se você faz um show que apresentou há 20, 30, 40 anos, as pessoas continuam lembrando e se emocionando.
O segredo é ser verdadeiro, ser você mesmo, aquilo que as pessoas esperam que seja. Então não tem segredo de fato, porque eu já contei!
AT – Se você tivesse iniciado sua carreira hoje, acredita que ela teria sido diferente por causa dessa mudança no pensamento das pessoas?
SM – Acho que não, porque mesmo na época, eu lembro perfeitamente que o público feminino me adorava, enquanto o masculino me rejeitava muito pela minha maneira de me apresentar e tinha muito ciúmes das mulheres.
Eu consegui “dobrar” as pessoas mostrando a minha maneira de ser, que eu valorizo a família, as mulheres. Inclusive tenho filhas mulheres que eu adoro e respeito, então acho que continuaria sendo o mesmo Sidney Magal.
É lógico que “Se te agarro com outro, te mato” talvez eu não tivesse coragem de gravar, mas fora isso, tudo estaria normal.
por Angela Debellis
