Os olhos de milhões de espectadores ao redor do mundo estavam grudados nas telinhas de seus televisores, na noite de ontem, 28 de fevereiro. Mesmo após 88 anos, a Cerimônia do Oscar continua mostrando força e, com a clara possibilidade de vitória de Leonardo DiCaprio – o que realmente aconteceu – o público estava ansioso por acompanhar cada minuto da festa.
Contando com momentos incríveis (saiba mais sobre eles, clicando aqui), a entrega dos prêmios também teve seus momentos menos glamorosos. Destacamos alguns:
– A repetição do mesmo tema: Chris Rock fez um discurso de abertura genial, cheio de verdades por trás das piadas. É claro que o tema principal foi a acusação de “racismo” por parte dos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, uma vez que, desde 2014 não há indicações de atores/atrizes negros (as). Mas o protesto acabou se esvaziando no decorrer da cerimônia, sendo usado em todos os momentos sem descanso. A iniciativa é válida, com certeza, mas o exagero tirou um pouco de seu brilho inicial.
– A vitória de Sam Smith: Sabemos que as apresentações musicais ao vivo pouco importam, uma vez que os vencedores de todas as categorias são escolhidos com óbvia antecedência. Mas após um desempenho de Lady Gaga que mereceu aplausos em pé dos presentes no Teatro Dolby e uma apresentação, digamos, “desastrosa” de Sam Smith (cuja canção também está longe de ser interessante), foi complicado entender que levou o cantor a vencer na categoria. Em comparação a outro tema de James Bond que também conquistou a estatueta dourada, “Writing’s on the Wall” mostra-se muito inferior à “Skyfall” da cantora Adelle, vencedora de 2013.
– Os agradecimentos na tela: É fato que os discursos os vencedores podem ser algo absolutamente monótono quando se estendem demais. Pensando nisso, a Academia limitou o tempo de cada um no palco em 45 segundos (depois disso, a música subiria de volume gradativamente, numa tentativa “elegante” de dizer que o tempo havia acabado). Mas a opção por exibir os agradecimentos na tela, numa espécie de legenda rápida foi, no mínimo, estranha.
– A transmissão brasileira: ok, isso não é culpa dos organizadores do evento, mas entra ano e sai ano e as emissoras que transmitem a premiação (em canais fechados ou abertos) mostra um nítido despreparo de seus profissionais. Seja pela dificuldade em se fazer uma tradução simultânea de qualidade ou pela pouca disposição dos responsáveis pelos comentários, acompanhar o evento até o final é tarefa para os cinéfilos de plantão mesmo.
por Lara McCoy